5 Setembro 2023      09:02

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Autarca de Odemira prevê 10M€ em prejuízos do incêndio

Hélder Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de Odemira

Hélder Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de Odemira, prevê que os prejuízos causados pelo incêndio que deflagrou no território há um mês e que afetou vários setores da economia poderão rondar os 10 milhões de euros.

Em declarações à agência Lusa, o autarca referiu que só na área do turismo “estamos a falar de mais de 2,7 milhões de euros de prejuízos diretos, seja porque houve cancelamentos”, seja porque houve “pessoas [que] saíram dos próprios alojamentos turísticos”.

Segundo o responsável, desse prejuízo de 2,7 milhões de euros totais no turismo, “0,1 milhões foram em devoluções de pessoas que anteciparam saídas por causa do fogo; 0,4 milhões em cancelamentos e 2,3 milhões em prejuízos físicos” de alojamentos turísticos atingidos pelo incêndio.

Apesar de ainda se estar a “terminar o processo” de levantamento dos prejuízos causados pelo incêndio que “afetou um número de atividades económicas bastante elevado” no concelho de Odemira, Hélder Guerreiro disse que o montante global poderá rondar os 10 milhões de euros.

“Se no turismo são 2,7 milhões de euros, acredito que possa chegar aos 10 milhões de euros em termos florestais, ordenamento do território e casas [destruídas]”, estimou.

“Faltava-nos agora juntar alguns prejuízos, inclusive da Câmara Municipal, que teve um conjunto bastante alargado de sinalética [destruída]. Não será muito, mas ainda é qualquer coisa do ponto de vista dos prejuízos materiais”, afirmou o autarca.

Além disso, uma das maiores preocupações recai em “algumas habitações” onde se verificou uma “perda completa” do imóvel e, cujos moradores, “precisam de ter agora um apoio”.

Os moradores afetados permanecem “em casas de amigos”, mas assim que houver uma “solução para reabilitar ou reconstruir as casas”, a situação passará pelo “processo de realojamento nalgumas das casas que o município tem disponíveis”, acrescentou.

Também os “setores agropecuário e turístico” tiveram “um prejuízo direto bastante grande” e “foi preciso até soluções de emergência”.

No que respeita à floresta, o autarca socialista revelou ainda que é necessário avaliar os prejuízos causados pelo incêndio do passado mês de agosto, mas também o “trabalho a fazer no futuro para que o mosaico florestal seja mais resiliente e capaz de não propagar a incêndios desta dimensão”.

 

Fotografia de osetubalense.com