8 Maio 2024      12:03

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Almina investe 11 ME para reduzir emissão de poeiras

A Almina, empresa concessionária das minas de Aljustrel, que produzem cobre, zinco e chumbo, anunciou ter efetuado um investimento de 11 milhões de euros na construção de uma britagem secundária de superfície, com o objetivo de reduzir a emissão de poeiras.

De acordo com um comunicado que a empresa alentejana fez chegar à agência Lusa, a instalação da nova britagem secundária de superfície foi feita numa localização mais favorável “para o controlo e redução da emissão de poeiras e consequente melhoria da qualidade do ar”.

“A empresa substitui assim a instalação que existia há 16 anos, construindo uma nova unidade mais compacta e de maior eficiência”, adiantou.

No mesmo documento, a Almina lembrou que a anterior britagem se encontrava junto à lavaria, “num ‘layout’ disperso por três edifícios”, ligados “através de tapetes transportadores”.

A nova instalação, por seu lado, guarda uma distância de mais 90 metros da Estrada Nacional (EN) 216 e, “consequentemente”, da vila de Aljustrel, e ocupa agora “apenas um espaço coberto já existente”.

Esta nova britagem secundária, localizada a uma cota inferior “em 11 metros” em relação à anterior, permitiu ainda à empresa uma diminuição “em 264 metros do comprimento dos tapetes transportadores exteriores, reduzindo assim o número de pontos de dispersão de poeiras”.

Além disso, a infraestrutura “foi implantada de acordo com um ‘layout’ mais simplificado e modernizado, recorrendo a equipamentos de nova geração, mais eficientes e mais adequados tanto à atividade mineira como ao material a explorar”, realçou a Almina.

A nova britagem tornou ainda possível uma “redução da probabilidade de dispersão de poeiras, devido à sua base de implantação em laje de betão armada com pendente única”, “uma limpeza mais eficiente, evitando a deposição de partículas por períodos longos” e ainda um “melhor controlo da dispersão de partículas, através da colocação de sistemas de nebulização em todo o perímetro”.

Outra das vantagens deste novo equipamento passa pela redução do consumo energético, “devido à utilização de equipamentos ‘heavy duty’ de maior eficiência”, apontou.

A empresa mineira explicou também que esta nova unidade permitiu reduzir “os elevados custos de manutenção”, mas conservar “a capacidade instalada de extração, licenciada pelo TUA – Título Único Ambiental e SIR – Sistema de Indústria Responsável, de 7.008.000 toneladas/ano”.

A Almina afirmou ainda que vai continuar “a cumprir o Programa de Monitorização da Qualidade do Ar”, realçando que o investimento agora feito “incorpora uma lista de medidas estratégicas” em que tem vindo a trabalhar, “numa perspetiva de redução dos seus impactes, promovendo a melhoria contínua sustentável”.

A empresa alentejana, que, entre funcionários próprios e de empreiteiros, tem mais de 1 200 colaboradores, alcançou, no ano passado, uma faturação de 160 milhões de euros.

 

Fotografia de almina.pt