O alarme das alterações climáticas parece já não poder ser ignorado e multiplicam-se as iniciativas em torno daquele que é um dos grandes problemas do presente.
Para o investigador Miguel Araújo, coordenador da Rede de Investigação em Biodiversidade e Biologia Evolutiva da Universidade de Évora, não há dúvidas que o Alentejo é umas das regiões da Europa mais afetadas pelas alterações climáticas e por isso considera que é importante que a região se prepare para uma adaptação a esta nova realidade, que se revela por aumentos de temperatura e redução da precipitação e que afectará "uma economia regional marcadamente dependente da agricultura e do turismo".
Estas preocupações estão na base de um novo movimento, que nasce na próxima segunda-feira, 7 de maio, em Alcácer do Sal e que mobiliza "Produtores Florestais e Municípios da Região Alentejo, bem como Associações de Defesa do Ambiente e Especialistas do Setor", conforme avança o município de Alcácer do Sal em comunicado.
A iniciativa “Pró-Montado Alentejo”, é assim que se chama, tem uma carta preparada para ser enviada ao Primeiro-Ministro, António Costa, sobre o impacto das alterações climáticas no Montado de Sobro no Alentejo e as "ações urgentes a tomar". Consideram os membros desta iniciativa não estar, este Governo, a dar sinais de uma correta avaliação do risco (e gravidade) em que incorrem as alterações climáticas, que estão a pôr em causa a chamada Floresta “Multifuncional”, e, por isso, apresentará ao Governo diversas propostas de medidas.
Imagem de capa de Gabriela Palai