6 Janeiro 2019      11:03

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A seca está de volta ao sul

A seca está de volta e neste momento abrange já 53,3% do território nacional. O Alentejo não é exceção.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera - IPMA, no seu último Resumo Climatológico, o valor médio da precipitação em dezembro foi somente de 37% dos valores habituais para este mês, uma quebra que vai no oitavo ano consecutivo - nem um novembro chuvoso, com mais 63% de precipitação que o habitual, conseguiu compensar este facto – atirando novamente o continente para a uma situação de seca, à semelhança do que aconteceu no inverno passado.

Também setembro teve uma precipitação muito fraca e foi mesmo o mais seco dos últimos 30 anos, com somente 20% da precipitação normal. Outubro seguiu esta tendência e de pouca pluviosidade com 72% abaixo do normal.

Face a estes números, e de acordo com o índice de seca PDSI, o IPMA considera que devido a esta fraca pluviosidade a sul do Tejo - Algarve, Alentejo, Área Metropolitana de Lisboa e Região Oeste, e uma parte dos distritos de Castelo Branco e de Santarém - 53,3% do território continental nacional esteja enquadrado naquilo que se considera uma situação de "seca fraca".

Recordamos que, no ano passado, em dezembro o 51% do país atravessava um período de seca extrema e que, no final de fevereiro, a Barragem da Vigia (Redondo) estava somente a 13% da sua capacidade normal.

Também a temperatura tem estado anormal em relação a outros anos, situando-se acima dos valores habituais com um valor médio da temperatura máxima na ordem dos 15,21º, mais 1,33º que o normal, e o terceiro valor mais alto desde 1931

Até 3 de fevereiro, a previsão mensal do IPMA, continua a prever uma precipitação abaixo do normal para durante duas semanas, de 7 a 13 e de 14 a 20 de janeiro, com base nos dados do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas a Médio Prazo.

Reflexo da pouca chuva são os valores apresentados pelo Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH) da Agência Portuguesa do Ambiente e que coloca os armazenamentos por bacia hidrográfica dos rios Ave, Guadiana e Arade abaixo das médias de armazenamento de dezembro (de 1990/91 a 2017/18).

 

Imagem de cdn-images.rtp.pt

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