6 Agosto 2020      10:16

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Visitas temáticas no Alentejo mostram saber-fazer tradicional

A Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlen) vai promover o projeto “Alentejo, Patrimónios”, cuja estreia está marcada para dia 22 de agosto, e contempla quatro visitas temáticas que mostram o saber-fazer tradicional e a diversidade cultural alentejana.

Segundo a Lusa, a iniciativa conta também com a colaboração de várias câmaras municipais e associações da região, tendo o “pontapé de saída” marcado para a vila de Alcáçovas, no concelho de Viana do Alentejo, no dia 22. O tema desta primeira visita é a chocalheira, cujo fabrico artesanal foi reconhecido, em 2015, como Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Estão ainda previstos dois roteiros no distrito de Beja: um em torno dos Barros de Beringel, a 26 de setembro, e o outro sobre os cereais e a molinagem no território do rio Mira, em Odemira, a 3 de outubro. Adicionalmente, está previsto mais um roteiro no distrito de Évora, a 17 de outubro, focado nos Bonecos de Estremoz que também estão classificados como Património Cultural Imaterial pela UNESCO.

De acordo com a DRCAlen, esta 1.ª edição do projeto só tem quatro visitas temáticas devido ao “contexto de pandemia que se vive”, e cada uma terá um número máximo de 14 participantes.

A organização acrescenta ainda que o projeto visa “mostrar a diversidade cultural da região, dignificar os atores do saber-fazer tradicional, valorizar o território em todas as suas especificidades diferenciadoras e provocar novas dinâmicas que ajudem o turismo e a economia locais”.

É de notar que os percursos destes roteiros estão previamente determinados pelos técnicos da DRCAlen e dos municípios envolvidos, e, atendendo “à realidade derivada do estado de pandemia”, a iniciativa quer “manter e aprofundar dinâmicas de promoção do território que passem pela cultura e pelo património cultural”.

Neste sentido, o projeto aposta no “contacto com os atores, os espaços e os elementos representativos das mais diversas manifestações culturais que são o espelho da região”, sublinhou a organização, acrescentando que “num território tão amplo, diverso e múltiplo como é o Alentejo, a atividade artesanal e os recursos naturais do território assumem uma importância extraordinária no tecido socioeconómico, que importa proteger e promover, com vista à sua sobrevivência e à sua continuidade”.