16 Setembro 2020      10:22

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Vinhos alentejanos protegidos no acordo entre a UE e a China

Os vinhos com indicação geográfica do Alentejo, entre tantos outros produtos nacionais, passaram a ser protegidos no acordo fechado entre a União Europeia e a China, que pretende combater a imitação e usurpação de 100 indicações geográficas europeias no mercado chinês e 100 indicações geográficas chinesas no mercado europeu.

O acordo foi inicialmente celebrado em novembro do ano passado, visando vantagens comerciais recíprocas e oferecer produtos de qualidade garantida nos dois mercados. A cooperação entre os dois mercados arrancou em 2006, com a proteção de 10 indicações geográficas de ambos os lados, em 2012. Agora estende-se a 100 produtos de ambos os lados, estando previsto que o acordo entre em vigor a partir de 2021. Quatro anos após a sua entrada em vigor, abrangerá mais 175 indicações geográficas.

Em comunicado, Janusz Wojciechowski, comissário responsável pela pasta da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, afirma: “constato com orgulho que a entrada em vigor deste Acordo está cada vez próxima, o que reflete o nosso compromisso de trabalhar em conjunto com os nossos parceiros comerciais mundiais, como é o caso da China. Os produtos com indicações geográficas europeias são conhecidos pela sua qualidade e diversidade, sendo importante assegurar a sua proteção a nível da UE e à escala mundial, de modo a garantir a sua autenticidade e preservar a sua reputação. Este acordo contribui para alcançar este objetivo, reforçando também as relações comerciais UE-China, com benefícios para o setor agroalimentar e para os consumidores de ambos os lados”.

Parte integrante desta lista são os produtos europeus Cava, Champagne, Feta, Irish whiskey, Münchener Bier, Ouzo, Polska Wódka, Prosciutto di Parma e Queso Manchego. Já dos produtos de origem geográfica na China fazem parte o Pixian Dou Ban (pasta de feijão da região de Pixian), o Anji Bai Cha (chá branco de Anji), o Panjin Da Mi (arroz de Panjin) e o Anqiu Da Jiang (gengibre de Anqiu).

Recorde-se que, no ano passado, a China foi o terceiro destino dos produtos agroalimentares da UE, atingindo os 14,5 mil milhões de euros. O país é também o segundo destino das exportações de produtos da UE protegidos enquanto indicações geográficas, incluindo os vinhos, os produtos agroalimentares e as bebidas espirituosas, que representam 9 % em valor, informa a Comissão Europeia.