5 Maio 2021      10:36

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Utentes de Grândola realizam protesto em defesa do SNS

A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do concelho de Grândola vai realizar, na quinta-feira, um protesto com utentes, autarcas e profissionais de saúde em defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), adianta a Lusa.

Nesta manifestação, os utentes exigem, entre outras reivindicações, a reabertura do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde de Grândola “para evitar o entupimento do Serviço de Urgência Básica do Centro de Saúde de Alcácer do Sal”, assim como “a urgência do Hospital do Litoral Alentejano (HLA)”, em Santiago do Cacém.

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano, Dinis Silva, explica que “queremos o SAP a funcionar novamente e que seja cumprida uma resolução da Assembleia da República que foi aprovada em 2011”, que apontava “para a reabertura deste serviço do Centro de Saúde de Grândola 24 horas e que o Governo deveria colocar em prática”.

Além disso, o representante indicou ainda que, desde a reabertura da extensão de saúde de Canal Caveira que “havia um compromisso de colocar um médico uma vez por semana”, mas “infelizmente o médico só está a dar consultas uma vez por mês”.

A manifestação está marcada para as 18h00 no Largo Catarina Eufémia em Grândola, junto à Estação dos Correios, onde a comissão vai exigir que sejam colocados “médicos uma vez por semana nas diversas extensões de saúde” do concelho de Grândola.

Outras reivindicações passam pela colheita de amostras para os Meios Complementares de Diagnóstico no Centro de Saúde de Grândola e a contratação de médicos, enfermeiros e auxiliares, assim como o cumprimento dos tempos de espera de consultas e cirurgias no Hospital do Litoral Alentejano.

“Defendemos também a colocação de médico pediatra 24 horas no Serviço de Urgência Pediátrica do HLA, o que não está a acontecer”, disse o coordenador, acrescentando que “os médicos na urgência geral não têm qualquer especialidade e são colocados por empresas de trabalho temporário, o que não deve acontecer”.

Dinis Silva refere igualmente que “estas situações” vão ser denunciadas em vários protestos previstos para os concelhos do litoral alentejano com o objetivo de “denunciar as imensas dificuldades dos utentes que se deslocam” aos serviços de saúde da região.

“Esta é uma de várias ações de luta, que começou em abril em Alcácer do Sal e que contou com mais de 100 pessoas, vai passar por Grândola, na quinta-feira, seguindo-se Santiago do Cacém, no dia 21 de maio, e Sines, no dia 2 de junho”, concluiu o responsável.