17 Agosto 2021      10:40

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Taxa de ocupação de médicos no Alentejo “não chega a 60%”

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) disse esta segunda-feira que o Governo não “garante condições para fixar médicos de família no SNS (Serviço Nacional de Saúde)”, sendo a situação “particularmente preocupante a Sul do país”, com o Alentejo a 26 vagas a concurso.

Em comunicado, citado pelo Jornal Económico, a federação sublinha que “o número de vagas preenchidas no concurso nacional para a contratação de médicos de família recém-especialistas ficou muito aquém do que seria desejável. Para 459 vagas, houve 447 candidatos, mas mais de 130 candidatos desistiram do processo – o que corresponde a cerca de 200 mil utentes que ficaram impossibilitados de ter médico de família”.

Segundo a FNAM “a situação é particularmente preocupante a Sul do país. Na região de Lisboa e Vale do Tejo, nem metade das 230 vagas foram preenchidas, enquanto que no Alentejo (com 26 vagas a concurso) e no Algarve (28) a taxa de ocupação não chega aos 60%”.

Para a Federação “a responsabilidade é do Governo, que insiste em não apoiar devidamente o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e os seus médicos de família, completamente assoberbados com listas de utentes sobredimensionadas, num contexto em que é necessário conciliar o acompanhamento habitual aos seus utentes com a recuperação da atividade que não se realizou em 2020 e 2021”.

“É preciso investir diretamente em condições de trabalho adequadas para os médicos do SNS ou continuaremos a assistir a esta lamentável perda de profissionais, formados no SNS e altamente qualificados”, considera ainda a FNAM.