A associação Solidariedade Imigrante vai reunir-se com os seus associados em São Teotónio, no concelho de Odemira, em data ainda a definir.
Segundo a agência Lusa, o movimento discutiu, numa reunião realizada em Lisboa este domingo, as ações de protesto a adotar face às recentes alterações à lei de estrangeiros, em vigor desde 04 de junho, que acabaram com dois artigos (art.º 88 e art.º 89) que permitiam aos imigrantes que tivessem chegado ao país com visto de turista avançar com um processo de autorização de residência e ficar legalizados, conhecido como “manifestação de interesse”.
A extinção da “manifestação de interesse” gerou vários protestos junto das associações do setor, que já se reuniram com o Presidente da República e com vários grupos parlamentares.
Na reunião anterior, que decorreu a 24 de agosto, foi aprovado o lançamento de uma petição para que o tema possa ser discutido pela Assembleia da República e uma moção de solidariedade com os trabalhadores da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), onde pendem 400 mil processos.
De acordo com Timóteo Macedo, presidente da Solidariedade Imigrante, na reunião de domingo, os integrantes do movimento “estiveram a preparar a petição, que vai ser lançada na próxima quarta-feira”.
A petição pretende “obrigar o parlamento a discutir as últimas alterações à lei da imigração”, resumiu o responsável, destacando os estudos que demonstram “a importância de haver mais imigrantes para o crescimento económico e o bem-estar” da sociedade portuguesa.
Na mesma reunião de agosto, as associações decidiram convocar uma concentração em frente à Assembleia da República para 25 de outubro, estando agora a analisar a possibilidade de a adiar para o dia seguinte, 26, se isso significar um aumento da mobilização.
As associações voltaram a debater a situação na AIMA, considerando que a agência “tem de se fortalecer, com trabalhadores motivados e não precários", e tem também de ser "equipada como deve ser, para que as pendências que temos hoje não voltem a acontecer e se possam garantir respostas atempadas, dentro da lei”, disse Timóteo Macedo.
Fotografia de ami.org.pt