17 Maio 2023      13:18

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Situação de seca levou deputado do PCP a visitar Alentejo

João Dias, deputado do PCP

Na passada segunda-feira (15), Galveias, no concelho de Ponte de Sor, recebeu a visita de João Dias, deputado do Partido Comunista Português (PCP), que, na companhia de dirigentes da organização do PCP no distrito de Portalegre, realizou vários contactos com a Junta de Freguesia de Galveias e com agricultores e produtores no Monte da Torre, motivados pela seca que se verifica na região e pelo impacto desta na agricultura e na pecuária, entre outras.

O objetivo destes contactos foi o de “recolher informação para continuar a intervir tanto no plano institucional, na Assembleia da República e Parlamento Europeu, como no plano local, de forma a garantir apoios e medidas que possam mitigar as consequências da situação de seca extrema já declarada pelo Governo e prevenir desenvolvimentos ainda mais negativos”, revela a Direção da Organização Regional de Portalegre (DORPOR) do PCP, em comunicado.

A mesma fonte recorda também que o PCP já apresentou na Assembleia da República um conjunto de propostas, onde se incluem um projeto de resolução a defender a declaração formal de situação de seca, de forma a acionar os procedimentos necessários para a atribuição de apoios extraordinários aos agricultores, destinados à aquisição de alimentação animal, e a implementação de medidas voltadas para a gestão da utilização da água para fins agrícolas, nos vários aproveitamentos hidroagrícolas, de forma a garantir que os pequenos e médios agricultores e a agricultura familiar têm acesso à água.

O PCP propôs também um Plano Nacional para a Prevenção Estrutural dos Efeitos da Seca e o seu acompanhamento. A Direção Regional do Alentejo (DRA) do PCP recorda também que, no ano de 2018, durante uma iniciativa em Évora, o PCP defendeu que “para além das medidas de caráter excecional (...) é indispensável a adoção de medidas de caráter estrutural que vão além das medidas de mitigação e contingência”, como “a elaboração de um plano que hierarquize o uso da água, em função da seca, que combine usos subterrâneos e superficiais numa lógica de complementaridade, privilegiando o uso humano, a saúde pública e a pequena e média agricultura, adaptado às condições edafoclimáticas e salvaguardando os rendimentos dos trabalhadores”.

Cinco anos depois, o PCP considera que “não foi por falta de propostas que não se avançou para tais medidas estruturais. Mais uma vez o que faltou foi vontade política do governo no PS, aliás também evidente no facto de o Plano de Eficiência Hídrica do Alentejo não estar posto em prática nem estarem previstos fundos do PRR para o mesmo”.

 

Fotografia de tsf.pt