11 Julho 2021      12:04

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Sines expõe a "Linha do Tempo"

Passado, Presente, Futuro. O que é o tempo?

É uma reflexão sobre o tempo que lhe propõe esta exposição no Centro de Artes de Sines onde está patente a exposição "Linha do Tempo", em parceria com o Museu de Arte Contemporânea de Elvas – Coleção António Cachola.

Até 10 de outubro, pode contemplar 67 obras de arte da Coleção António Cachola, uma das mais prestigiadas coleções nacionais e tida como fundamental para a compreensão da arte portuguesa dos últimos 40 anos e que conta com obras de 35 artistas: Ana Mansos, Ana Péres-Quiroga, Ana Rito, Augusto Alves da Silva, Edgar Martins, Fernão Cruz, Gil Amourous, Hugo Guerreiro, Ilda David, Isabel Simões, João Galrão, João Jacinto, João Paulo Serafim, João Queiroz, Jorge Molder, José Loureiro, José Pedro Croft, Luís Campos, Luís Palma, Marcelo Costa, Maria Lusitano, Marta Soares, Miguel Ângelo Rocha, Nuno Sousa Vieira, Paulo Catrica, Pedro Calapez, Pedro Casqueiro, Pedro Gomes, Rui Chafes, Rui Neiva, Rui Serra, Sofia Areal, Susana Guardado, Vasco Araújo e Vhils.

O curador, Ricardo Estevam Pereira, assinala que “A obra artística não pode fugir ao tempo em que é criada. O autor está fatalmente mergulhado numa realidade que, desde o mundo das ideias ao dos materiais que encontra à sua disposição, lhe molda os gestos e as marcas que eles nos deixam. Mesmo quando se encerra no seu universo interior e recusa os valores do seu tempo, essa mesma recusa é um gesto inequívoco de reação a um momento da História. Para muitos criadores, esse destino é particularmente consciente, desenvolvendo o seu trabalho como uma reflexão sobre as principais questões do tempo presente, do seu acelerar vertiginoso ou dos momentos em que se suspende no vazio. Das suas sínteses emerge o drama do Homem no seu labirinto, procurando o fio de Ariane que o poderá levar à felicidade, em busca da eternidade, do abrigo, do espaço de encontro e diálogo com o outro, aparentemente impossível na imensidão das cidades de betão.

O Nosso Tempo está assim documentado, das mais diversas formas, nas 67 obras que integram esta exposição e que foram todas produzidas nos últimos 30 anos. A esmagadora maioria delas data mesmo já do século XXI, o que torna esta uma ocasião privilegiada para procurar algumas das linhas de força das pesquisas plásticas deste novo século. Ao pô-las em diálogo procuramos mostrar que o Tempo não é apenas o intervalo medido mecanicamente por um relógio, é uma realidade, acima de tudo, sentida e equacionada pelo ser humano, das mais variadas formas.”