7 Dezembro 2018      09:54

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Setúbal perdeu maiores armadores e 70% da carga com a greve dos estivadores

A greve de estivadores que está a afetar o Porto de Setúbal agravou as condições dos operadores, impossibilitando a incorporação de 56 trabalhadores eventuais, segundo Diogo Marecos, presidente da Operestiva, à Revista Cargo.

O Porto de Setúbal acabou de perder 3 armadores e, com eles, 70% da carga, o que deixa este sem condições para incorporar qualquer trabalhador, como aceitava fazer junto dos estivadores a semana passada. MacAndrews, Arkas e Tarros, armadores que abandonaram operações no Porto de Setúbal, fizeram a Sadoport perca 70% da carga contentorizada, não se prevendo que venham a ser recuperados, até porque, ainda segundo Diogo Marecos, os armadores queixavam-se desde agosto da instabilidade laboral no porto e das greves ao trabalho suplementar "tendo aguardado algum tempo, apesar das perdas acumuladas por não conseguirem assegurar que os seus navios eram trabalhados imediatamente assim que chegavam a Setúbal".

Diogo Marecos aponta o dedo ao sindicato dos estivadores, o SEAL, a quem acusa de intransigência e de ter impossibilitado que os 56 trabalhadores viessem a ser incorporados nas empresas operadoras, porque resolveram introduzir nas negociações outros portos (Leixões, Sines e Caniçal), em detrimento de procurar assegurar a contratação dos trabalhadores de Setúbal.

A Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, considera que, a manter-se, a situação tornará o Porto de Setúbal inviável. "Se continuarmos por este caminho, o Porto de Setúbal deixará de ser viável e ficarão postos de trabalho em causa, empregos directos e indirectos".

 

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