9 Dezembro 2021      12:45

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Setor do azeite forçado a parar no Alentejo, denuncia Fenazeites

Num ano em que se prevê que a produção de azeite venha a atingir valores na ordem das 180.000 toneladas, o que constitui a maior campanha desde que há registos, segundo a Fenazeites - Federação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Olivicultores, FCRL, o setor olivícola do Alentejo "está paralisado, desde a apanha de azeitona aos lagares que a transformam".

Devido ao boom verificado na produção deste ano, "as três grandes unidades de receção de bagaço de azeitona, proveniente dos lagares, cooperativos e não cooperativos, que processam toda a azeitona produzida no Alentejo, têm a sua capacidade de armazenamento esgotada ou praticamente esgotada e não aceitam mais matéria-prima", denuncia aquela entidade em comunicado.

"Toda esta situação está a provocar prejuízos incalculáveis aos agricultores e empresas ligadas ao setor, além de que será aterrador o que poderá ocorrer à cadeia de valor oleícola, por não haver onde colocar aquele bagaço de azeitona, cuja produção estimada prevê atingir os 900 000 000 Kgs", esclarece o comunicado.

"O setor Cooperativo, através da FENAZEITES e sua associada UCASUL – União de Cooperativa Agrícolas, tem vindo, há vários anos, a tentar sensibilizar as entidades responsáveis para a possibilidade desta situação poder ocorrer", concluem.

Imagem de capa de Rádio Voz da Planície