29 Agosto 2022      11:05

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Seca: perdas na produção de azeitona podem chegar aos 70%

A seca está a prejudicar a produção de azeitona, em perdas que “poderão vir a rondar os 70%”, diz o diretor-geral da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos.

Em declarações ao jornal Público, citado pelo Expresso, também Francisco Pavão, presidente da Associação de Produtores em Proteção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro (APPITAD), afirma que “não chove, estamos em seca extrema. Temos em mãos um grave problema social”.

Caso chova até outubro ou o mais tardar em novembro a quebra na produção pode atingir os 40%. No entanto, se não chover, as perdas vão ser “muito superiores”, refere o mesmo responsável.

O presidente da APPITAD acrescenta que “a situação do olival de sequeiro é catastrófica, sobretudo na variedade nacional, a Galega”. Este ano já se esperava uma fraca colheita, sendo essa a consequência da contrassafra (a seguir a um ano de grande produção, tem lugar uma colheita mais fraca), que já significava uma quebra de 50% na produção.

Contudo, o cenário agrava-se após meses sem precipitação atmosférica e os rios a secar. As perdas “poderão vir a rondar os 70%”, antecipa o diretor-geral da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB), Hélder Transmontano. As pequenas explorações em sequeiro serão as mais penalizadas.