6 Março 2023      09:45

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Santiago do Cacém urge “soluções” a ministra da Habitação

Álvaro Beijinha, presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém

Álvaro Beijinha, presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, reuniu com a ministra da Habitação, Marina Gonçalves, expressando as suas preocupações relativamente “à falta de habitação no concelho”.

Em comunicado, a autarquia refere que a reunião se realizou no passado dia 28 de fevereiro, tendo sido abordadas as “preocupações apresentadas pelo autarca relativamente à falta de habitação no concelho, que não cobre as necessidades para quem quer arrendar ou comprar casa”, além da “urgência de se encontrarem soluções perante o agravamento da situação com a chegada de novos trabalhadores para a plataforma industrial de Sines”.

De acordo com Álvaro Beijinha, “perante a pressão sentida no mercado de habitação fomos manifestar um conjunto de preocupações para que, entre a Administração Local e a Central, sejam definidas medidas”, tendo sido apresentadas algumas propostas, que o “gabinete de Mariana Gonçalves ficou de analisar”.

Entretanto, relativamente à “plataforma industrial e portuária de Sines e os milhares de trabalhadores que vão chegar à região”, o autarca afirmou que “já estamos a sentir essa pressão no mercado de arrendamento, que tem como principal reflexo a especulação dos preços”.

O presidente do município acrescentou que “o problema, decerto, irá agudizar-se quando as obras começarem”, porque “a grande questão é onde vão ficar instalados esses trabalhadores”. Assim, “manifestámos à Ministra da Habitação a necessidade de acautelar a situação e encontrar soluções”.

Além disso, quanto à habitação permanente, “queremos saber que soluções o Governo tem para responder a este problema, que sabemos não é exclusivo nosso, mas que se faz sentir de forma mais acentuada no município”, referiu o autarca. 

Álvaro Beijinha disse ainda que “colocámos algumas hipóteses em cima da mesa que a equipa do Ministério da Habitação ficou de estudar”, e que, em relação à estratégia desenvolvida pela Câmara Municipal, “temos preconizado um conjunto de medidas para minimizar este problema”, como “a Estratégia Local de Habitação, que já assinámos com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e estamos a trabalhar nos projetos”, além do cedimento de “terrenos para a construção de habitações a custos controlados à Cooperativa ChesAndré”.

Para Álvaro Beijinha a resolução dos problemas de habitação no concelho passa “por uma relação muito estreita com a Administração Central, porque nós, autarquia, não temos meios financeiros para dar uma reposta a este problema,” concluiu.