A Câmara Municipal de Santiago do Cacém pretende que a requalificação de dois equipamentos culturais, com capacidade superior a 370 lugares, esteja concluída no segundo trimestre deste ano, projeto que representa um investimento de 2,4 milhões de euros.
De acordo com o Álvaro Beijinha, presidente do município, citado pela agência Lusa, são dois espaços multiculturais que vão assegurar à população de duas freguesias do interior do concelho a existência de oferta “nas mais diversas vertentes, seja na música, no teatro ou nas exposições”.
O autarca adianta ainda que a requalificação do antigo Cinema de Alvalade deverá estar pronta em maio. O investimento neste edifício foi de um milhão de euros, contando com financiamento comunitário. Estas obras de requalificação incluem a construção de um balcão, a criação de 140 lugares no salão principal, camarins, salas para exposições e um anfiteatro de pequenas dimensões no exterior.
“Esta era uma necessidade que a freguesia de Alvalade tinha, depois de a câmara ter adquirido o equipamento, no final dos anos 80. Quando estiver concluído será um espaço voltado para a comunidade e, por isso, queremos criar parcerias e sinergias para a sua dinamização” a nível cultural, adiantou.
Ainda que Alvalade conte atualmente com “menos de duas mil pessoas”, é “necessário combater as assimetrias” entre as freguesias situadas no litoral e no interior do concelho, considerou Álvaro Beijinha, acrescentando que a população tem “direito a um espaço em condições e acesso à cultura”.
O antigo Cineteatro Vitória, em Ermidas-Sado, é o outro projeto de requalificação, envolvendo, neste caso, um investimento de 1,4 milhões de euros. Esta requalificação inclui a criação de 234 lugares, sendo cinco destinados a pessoas com deficiência, e a construção de um balcão, camarins, diversas salas onde vão poder ser realizadas diferentes atividades culturais e um anfiteatro na área exterior. A sua conclusão está prevista para junho.
“Conseguimos aproveitar um edifício que diz muito à população de Ermidas-Sado”, salientou o presidente, explicando que este edifício “foi cedido por um privado à associação Grémio que, por sua vez, celebrou um protocolo com o município para podermos recuperar este espaço e fazer a sua gestão e dinamização”.
O presidente realçou também que este vai ser “um espaço multicultural”, destinado à promoção de “diversas atividades” e à “dinamização de práticas sociais, artísticas e culturais locais”.
“Não vamos ter aqui, seguramente, ‘elefantes brancos’ após a recuperação destes edifícios, que vão ter de ser ‘alimentados’ do ponto de vista da dinâmica local e a câmara, que tem aqui o papel mais importante, contará com o dinamismo associativo para aproveitar ao máximo um espaço que estará ao serviço da população local”, garantiu, adiantando ainda à Lusa que o município se encontra também “a trabalhar num projeto para criar um espaço semelhante na freguesia de Cercal do Alentejo, recuperando um edifício antigo”, para formar “uma rede de equipamentos culturais bastante significativa”.
Fotografia de radiosines.sapo.pt
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