26 Abril 2020      11:07

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Câmara de Santiago do Cacém apela ao Governo sobre Lagoa de Santo André

Este ano, as autoridades competentes não permitiram a abertura da Lagoa de Santo André ao mar.

Neste sentido, o Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, contactou esta semana com o Secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Catarino, de modo a alertar o responsável da pasta do Ambiente para as consequências que esta decisão pode vir a ter nas vidas dos pescadores, das suas famílias e para a economia local vila alentejana, uma vez que muitos vivem ainda da pesca, um sector que ficará fortemente afetado caso se mantenha a decisão do Instituto de Conservação da Natureza e da Floresta (ICNF).

A abertura da Lagoa estava programada para meados de março, mas a situação de Estado de Emergência devido à pandemia por Covid-19 levou ao seu adiamento para o início de abril. Álvaro Beijinha explicou que “a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para realizar a abertura necessita do parecer do Instituto de Conservação da Natureza e da Floresta (ICNF), que é vinculativo. Quando foi solicitado ao ICNF pronunciar-se sobre a nova data esta entidade emitiu um parecer desfavorável, evocando que a abertura da Lagoa neste período iria afetar a nidificação de uma espécie de aves. Acrescentando, a entidade, que os malefícios provocados pela abertura da Lagoa, a essa espécie, seriam superiores aos benefícios que esta operação traz à Lagoa de Santo André todos os anos.”

O Secretário de Estado garantiu ao autarca que irá avaliar a situação e que na próxima semana entrará em contacto para dar conhecimento da decisão tomada.