17 Janeiro 2018      15:35

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SALTO TECNOLÓGICO A QUE O MUNDO ASSISTE "É BRUTAL"

A União Europeia prepara-se para investir mil milhões de euros em duas máquinas de supercomputação a pré-exaescala (100 mil biliões de operações por segundo) e duas máquinas de supercomputação intermédias (capazes de efectuar cerca de 1016 operações por segundo), bem como na concessão e gestão do acesso de um largo espectro de utilizadores públicos e privados a estes supercomputadores a partir de 2020. O plano europeu visa desenvolver e implantar em toda a Europa uma infra-estrutura de computação de alto desempenho (HPC).
 
Para o eurodeputado eborense Carlos Zorrinho trata-se de liderar o "salto tecnológico brutal a que o mundo está a assistir" mas advertindo para a necessidade de definir regras."Não devemos deixar que seja a tecnologia a determinar o modelo de organização política e social na nova sociedade digital, mas para conseguirmos isso temos que dispor dessa tecnologia e colocá-la ao serviço de uma visão política humanista e sustentável".
 
Para Zorrinho a União Europeia faz uma "opção lúcida" ao apostar num investimento massivo e em rede na supercomputação e lembra que Portugal está na primeira linha desse processo. "Temos um papel a dizer no desenho de uma globalização mais justa, mas para isso temos que dispor de alguns “códigos de acesso”. A supercomputação é um deles".
 
O recente lançamento duma parceria de supercomputação entre o centro de computação avançada da Universidade do Minho e o Centro Nacional de supercomputação de Barcelona é um exemplo prático desta importante iniciativa da UE, curiosamente com a marca de outro homem do Alentejo, o comissário bejense Carlos Moedas.