27 Dezembro 2018      12:31

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Roubos de azeitona no Alentejo. Produtores apontam dedo aos postos de receção

A Associação de Olivicultores do Sul - Olivum, uma das mais representativas do sector, responsabiliza os postos de receção de azeitona "de carácter duvidoso, que aceitam todo o tipo de azeitona, muitas vezes sem documentação e de proveniência duvidosa" pelo aumento dos roubos de azeitona no Alentejo.

Os produtores sentem-se prejudicados com o aumento dos roubos de azeitona na região e consideram que tal é estimulado pela falta de fiscalização e "pela existência de empresas que aceitam toda a azeitona mesmo que de origem duvidosa". Sem apontarem casos concretos ou empresas suspeitas, a Olivum "alerta para a urgência de atuação das diversas Entidades competentes nos postos de receção, assegurando que atuam de forma legal e cumprem os requisitos exigidos, assegurando o controlo da documentação e guias de transporte com identificação da proveniência do produto, conforme são cumpridos pelos olivicultores que representam”.

"Muitos dos associados da Olivum, que representam mais de 32 mil hectares de Olival no Alentejo, sentem que o setor é ameaçado quando se deparam com situações de roubo nas suas herdades, favorecidos pela existência de empresas que aceitam toda a azeitona mesmo que de origem duvidosa".

A associação conclui em comunicado que “só controlando corretamente a documentação e entrega da azeitona nos postos de receção e lagares é que será possível fazer parar os roubos, que surgem como consequência destas infrações”. 

A Guarda Nacional Republicana (GNR) reforçou este ano o policiamento nos campos através de patrulhas a cavalo, particularmente no Alto Alentejo e lançou ações de sensibilização direccionadas aos proprietários de olivais e de lagares, "com o intuito de evitar possíveis furtos de azeitona.” Já no Baixo Alentejo o patrulhamento dos campos é sobretudo motorizado.

 

Imagem de capa de Rádio Ourique.

 

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