14 Agosto 2020      09:10

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Rolhas de cortiça Amorim com pegada carbónica negativa

As rolhas de cortiça 100% natural da Amorim Cork permitem um sequestro de carbono até -309 gramas equivalentes a CO2, uma pegada carbónica negativa, adiantou um estudo conduzido pela consultora EY.

A Amorim Cork, unidade de negócio da Corticeira Amorim, revelou aos seus cerca de 19.000 clientes nacionais e internacionais os resultados das análises feitas a 10 dos seus principais produtos, que concluíram que “o balanço de carbono de todas as rolhas analisadas é negativo quando considerado o sequestro das florestas de sobro e as emissões associadas à produção do produto”. De acordo com o jornal online ECO, estes estudos realizados pela EY concluíram que 80% dos produtos avaliados têm uma pegada de carbono individual negativa, ao apresentar emissões diretas do processo produtivo inferiores ao carbono contido no produto.

Enquanto uma rolha natural permite um significativo sequestro de carbono, uma rolha Twin Top Evo para vinho, com dois discos de cortiça, permite sequestrar até -297 gramas de CO2 equivalente. E uma rolha microaglomerada Neutrocork vai até -392g CO2eq, enquanto uma rolha Advantec de rotação rápida permite um sequestro de carbono até -328g CO2eq.

Segundo o estudo, nos espumantes, uma rolha com dois discos permite um sequestro de carbono até -562g CO2eq, e uma rolha aglomerada para permite reduz até -540g CO2eq. Já nos espirituosos, uma rolha natural Top Series com cápsula de madeira permite um sequestro de carbono até -96g CO2eq; uma rolha Top Series Wood Neutro sequestra até -148g CO2eq; uma rolha natural Top Series com cápsula em plástico não vai além dos -87g CO2eq e uma rolha Top Series Plastic Neutro garante um sequestro de carbono até -138g CO2eq.

De acordo com António Rios de Amorim, Presidente e CEO da Corticeira Amorim, a empresa “continua a aprofundar o enorme contributo do montado e de toda a fileira da cortiça através de mais investigação sobre a matéria. De resto, as questões dos serviços do ecossistema agora lançados para a discussão pública por vários especialistas começaram a ser estudados pela Corticeira Amorim há 10 anos. Este estudo da EY vem complementar e pôr em evidência o enorme valor do montado em matéria de sustentabilidade”. A sustentabilidade sempre foi um dos objetivos da empresa, que já em janeiro anunciou que pretendia combater as rolhas de plástico e alumínio.

Os estudos, realizados entre 2018 e 2020, debruçaram-se sobre as diferentes etapas do ciclo de vida numa abordagem cradle to gate, nomeadamente: atividades florestais; preparação de cortiça, incluindo o transporte da floresta; produção; acabamento e embalagem. Foi ainda incluída a distribuição do produto de Portugal para o Reino Unido, para termo de comparação com abordagens de estudos anteriores. A avaliação incluiu também informações adicionais sobre o sequestro de carbono da floresta de sobreiro.

Recorde-se que a Corticeira Amorim tem vendas consolidadas superiores a 760 milhões de euros e presença em mais de 100 países, estando ainda cotada na bolsa por 1500 milhões de euros. Além disso, a sua atividade no primeiro trimestre de 2020 ascendeu aos 19,9 milhões de euros, parecendo ter estado imune à pandemia de covid-19.