29 Julho 2022      10:26

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Quase 2000 pessoas mudaram-se para o interior

O programa Emprego Interior MAIS, que visa apoiar os trabalhadores que se fixem no interior e que está em vigor há dois anos, recebeu até hoje 1 114 candidaturas, revelou o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS).

De acordo com os dados do Governo, citados pela Lusa, desde a entrada em vigor do programa, em julho de 2020, “foram efetuadas 1 114 candidaturas, que abrangem 1 973 pessoas, incluindo agregados familiares”.

Adicionalmente, o MTSSS especificou que “1 119 pessoas já se deslocaram para o interior”, das quais “50% deslocaram-se para os distritos da Guarda, Castelo Branco, Portalegre e Évora”.

Ainda segundo o Ministério, entre as pessoas que se candidataram, 772 pretendem trabalhar por conta de outrem e 342 têm como objetivo criar o seu próprio emprego ou empresa.

Em vigor desde julho de 2020, o programa Emprego Interior MAIS previa apoios para quem se fixasse no interior, para trabalhar, entre 1 de janeiro de 2020 e o final de 2021.

Note-se que o programa atribui um apoio de até 4 827 euros para os trabalhadores que se fixarem no interior e uma comparticipação nos gastos associados à mudança.

Em dezembro de 2021, o Governo publicou uma portaria estendendo o programa até final de 2023 e alargando a sua abrangência a quem vive fora de Portugal e a situações de teletrabalho.

O alargamento abrange pessoas em teletrabalho, “ao abrigo de um contrato de teletrabalho entre empregador e trabalhador”, ou emigrantes que tenham saído de Portugal após 31 de dezembro de 2015 e tenham vivido pelo menos um ano no estrangeiro antes de se terem fixado num território do interior.

A portaria alargou igualmente a medida a estrangeiros que vivam fora de Portugal e pretendam mudar-se para o interior do país, prevendo a legislação a possibilidade de contratos de trabalho celebrados com “entidades que não possuam atividade registada em Portugal continental, desde que cumpram a legislação portuguesa”.

A versão anterior desta legislação definia como destinatários apenas desempregados ou empregados à procura de novo emprego inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Além de passar a contemplar emigrantes e estrangeiros, a portaria alargou o universo aos que estão também inscritos nos serviços de emprego das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e a quem não tem contribuições na Segurança Social (no mês anterior à candidatura, ao da criação do próprio emprego, ao da criação de uma empresa ou da celebração de um contrato de trabalho).

Segundo o ministério, “esperamos com este incentivo continuar a apoiar e incentivar à mobilidade geográfica de cidadãos para os territórios do interior”.

 

Fotografia de visitalentejo.pt