26 Setembro 2016      10:29

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PRAXES SOLIDÁRIAS NO ALENTEJO

Setembro é o mês do regresso às aulas, o que para muitos significa um novo começo. Nas diferentes universidades do país chegam novos alunos vindos de diferentes cidades. A praxe é já um tema constante e de grande debate neste início do ano letivo.

Sempre foi um assunto muito debatido, mas desde há uns anos que se tem tornado cada vez mais presente na vida de todos. As restrições são maiores e condicionalismos crescentes para quem praxa. Para uns a praxe é sinónimo de sofrimento e choro, para outros significa integração e diversão. Para combater a ideia de que as praxes apenas servem para humilhar e sujar o próximo, algumas universidades e politécnicos têm vindo a alterar os seus parâmetros de modo a que a população veja como esta é também um momento de entreajuda e ajuda ao próximo.

Na Universidade de Évora, os caloiros da licenciatura de Turismo, iniciaram em 2014 um tipo de praxe diferente. Nesse ano os caloiros pintaram os muros que circundam o Colégio do Espírito Santo. No ano seguinte foram ao Cantinho dos Animais de Évora ajudar os voluntários a tratar dos mesmos. E no ano corrente ainda nada foi feito, contudo segundo Vera Pinto, estudante do 3º ano da licenciatura de Turismo, “ainda nada está decidido, mas já existem várias ideias em debate tanto a nível de ajuda ambiental como para com o outro”.

Também no Instituto Politécnico de Portalegre se realizam este tipo de ajudas. Na Escola Superior de Saúde este ano os caloiros participaram numa ação de limpeza dos espaços públicos. Enquanto na Escola Superior de Educação e Ciências Socias, participaram em atividades solidárias de ajuda a diferentes instituições. Todos os anos há também um dia em que se faz uma recolha de alimentos para ajudar o Banco Alimentar.

A ideia de praxes violentas está a alterar-se ao longo dos anos, e cada vez mais de ano para ano este tipo de ajudas em ambiente de praxe se torna mais presente. Vera termina dizendo: “O objetivo é passar aos nossos caloiros valores que eles levem para a vida e que os saibam usar da melhor forma para com os outros”.

Foto daqui, da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais - IPPortalegre