30 Agosto 2021      16:21

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Portugal é o 2º país do mundo com maior percentagem de população vacinada

Os dados são do "Our World in Data" - da Universidade de Oxford, é uma publicação digital especializada em expor pesquisas empíricas e dados analíticos sobre mudanças nas condições de qualidade de vida no mundo - e que é responsável por monitorizar os dados de vacinação divulgados por cada país.

Esta lista de países é liderada pelos Emirados Árabes Unidos com 74,24% da população já completamente vacinada e 84,93% com uma ou mais doses da vacina.

Portugal surge como o melhor país europeu, nesta lista mundial, 73,61% da população totalmente vacinada e 84,27% dos cidadãos com pelo menos uma dose da vacina. O país está pouco mais de 20 pontos percentuais acima da taxa de vacinação da média da União Europeia, no que concerne à percentagem de população com pelo menos uma dose administrada.

A Islândia encontra-se em terceiro com uma taxa de vacinação completa na ordem dos 76,75% da população, e com 81,29% das pessoas com uma ou mais doses.

No passado fim de semana, de acordo com dados oficiais, foram vacinadas mais cerca de 100 mil pessoas, na sua larga maioria jovens entre os 12 e os 17 anos, segundo dados oficiais, e, no próximo fim de semana, há nova ronda de "Casa Aberta" em qualquer centro de vacinação de Portugal continental desde que obtenham uma senha digital para a modalidade "Casa Aberta" (sem marcação por autoagendamento). Pode, de igual modo, escolher o centro de vacinação para a toma da segunda dose da vacina, mas essa opção tem de ser feita logo no dia em que se recebe a primeira dose.

Em Portugal, até ao momento foram administradas cerca de 14.600.000 doses de vacinas contra a covid-19.

A União Europeia tem-se preocupado em combater a desinformação e em informação devidamente a população sobre a vacinação na atual crise pandémica.

Desde a primeira hora que a União Europeia tomou medidas necessárias para assegurar os elevados padrões de segurança e eficácia das vacinas usadas no seu território contra a COVID-19 e garantiu o acesso a vacinas ao mesmo tempo e nas mesmas condições para todos os países europeus.

A vacinação é um dos maiores sucessos da saúde pública e, anualmente, salva a vida a pelo menos dois a três milhões de pessoas em todo o mundo e evita doenças crónicas e incapacitantes a muitas outras.

Se a vacinação de modo geral assume esta importância, no combate à Covid-19 não será menor e todas as vacinas autorizadas pela Comissão Europeia passaram por uma rigorosa avaliação da Agência Europeia de Medicamentos (European Medicines Agency - EMA).

Com base no medo ou na falta de conhecimento, pessoas que são contra a vacinação têm difundido, em especial nas redes sociais, e na internet em geral, notícias como «beber lixívia ou álcool puro pode curar a infeção pelo coronavírus» quando a realidade é precisamente a contrária, beber lixívia ou álcool puro pode ser muito perigoso para a saúde, ou ainda que o coronavírus é «uma infeção causada pelas elites mundiais para reduzir o crescimento demográfico» ou que são as antenas 5G que estão a propagar o vírus, de tal modo que surgiram ataques e destruição destas antenas de comunicação.

Face à pandemia e à desinformação existente, Markus Kerber, à data da presidência alemã do Conselho, chegou mesmo a dizer “A pandemia de COVID-19 mostrou-nos que são necessários esforços redobrados para defender a União Europeia, os seus Estados-Membros e as suas sociedades, bem como as instituições da UE das ameaças híbridas e dos seus efeitos nocivos. Temos de defender as nossas sociedades e instituições democráticas de tais ameaças, nomeadamente aumentando a nossa resiliência e reforçando os instrumentos de que dispomos a nível da UE e dos Estados-Membros.”

De acordo com um inquérito Eurobarómetro, de março de 2021, mais de 50 % dos europeus consideravam ter sido expostos a desinformação em linha.

Verdade é que o combate à pandemia prossegue e a Comissão Europeia assinou mesmo um novo contrato com Novavax para uma nova potencial vacina contra a COVID-19, a surgir no quarto trimestre de 2021 e em 2022.

Ao abrigo deste contrato, os Estados-Membros poderão adquirir até 100 milhões de doses da vacina Novavax, com uma opção de 100 milhões de doses adicionais ao longo de 2021, 2022 e 2023, após garantida a revisão e aprovação pela EMA.

Após a sua equitativa distribuição pelos Estados-Membros, estes poderão depois doar vacinas a países com rendimentos baixos e médios ou redirecioná-las para outros países europeus, contando a União Europeia com uma ampla carteira de vacinas com produção feita na Europa: AstraZeneca, Sanofi-GSK, Janssen Pharmaceutica NV, BioNtech-Pfizer, CureVac, Moderna, e existindo as negociações exploratórias concluídas com a Valneva.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, declarou: «À medida que as novas variantes do coronavírus se propagam na Europa e em todo o mundo, este novo contrato com uma empresa que já está a testar com êxito a sua vacina contra estas variantes constitui uma salvaguarda adicional para a proteção da nossa população. O contrato reforça ainda mais a nossa vasta carteira de vacinas, em benefício dos europeus e dos nossos parceiros em todo o mundo.»

Stella Kyriakides, comissária responsável pela Saúde e Segurança dos Alimentos, acrescentou: «Continuaremos a trabalhar incansavelmente para garantir que as nossas vacinas continuem a chegar aos cidadãos na Europa e em todo o mundo, a fim de pôr termo à pandemia o mais rapidamente possível.»

 

Artigo realizado pelo Tribuna Alentejo em colaboração com a Representação da Comissão Europeia em Portugal

Imagem autorizada pela Representação da Comissão Europeia em Portugal