O núcleo de Portalegre do Movimento Democrático de Mulheres (MDM) defende os direito e liberdade das mulheres e do povo afegão.
Em comunicado, o MDM revela que “Poderíamos falar sobre o que levou ao que está a acontecer atualmente no Afeganistão, ao papel crucial que políticas externas imperialistas do Ocidente tiveram no mesmo e o que era o Afeganistão dos anos 70.” Acrescentando que “A verdade é que a história do Afeganistão não é a história dos talibãs maus e dos soldados americanos bons que tanto lutaram pela democracia liberal. É a história de um povo que viu a sua história e a sua cultura postos em questão e em 2° lugar por interesses económicos do Ocidente. E acima de tudo, deveria ser deste povo que deveríamos estar a falar.”
Considera o movimento que é “importante realçar que também lhes devemos o respeito de entender que a opressão que vivem nada tem haver com a sua religião. Mais do que nunca, é crucial separar o que é a religião muçulmana e as escolhas das mulheres muçulmanas tomam perante as suas crenças, de um grupo fundamentalista. É importante sim responsabilizar toda a estrutura em que vivemos e não uma religião que já sofre tantos preconceitos no Ocidente.”
O Movimento Democrático de Mulheres (MDM) é uma associação de mulheres, fundada em 1968.
Assume-se como movimento de opinião e de intervenção que valoriza o legado histórico dos movimentos de mulheres que lutaram contra a opressão e as desigualdades entre mulheres e homens, defenderam e defendem os direitos das mulheres nas suas vertentes políticas, sociais, económicas e culturais e de direitos humanos.
É uma organização de âmbito nacional, sem fins lucrativos, independente do Estado, de partidos políticos e de religiões, cujo objetivo central é a luta pela emancipação das mulheres, pela paz e pela dignidade humana, indissociável da luta pela construção de uma sociedade de igualdade, democracia, justiça social e desenvolvimento.
Fotografia da Agência Reuters em noticiasaominuto.com