7 Julho 2016      11:12

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A POLITIQUICE DOS PSEUDO-LÍDERES

Há duas semanas escrevi sobre a incerteza que seria a saída do Reino Unido da União Europeia, hoje escrevo sobre as noticias negativas que têm saído sobre Portugal, excepto claro as do EURO 2016.

Por ser Europeísta, fiquei triste com o Brexit. No entanto o mesmo permitiu mostrar de que estirpe é feita pessoas como Nigel Farage ou Boris Jonhson. O extremismo, seja ele de Esquerda ou de Direita, é feito de pseudo-lideres que sendo do contra opinam, criticam, atraiem meia dúzia de Personalidades que até conseguem atrair algumas massas. Mas quando chega a vez de liderarem e de terem poder de decisão ou abandonam o barco como os Políticos acima referidos ou tomam posições completamente contrárias aquelas que sempre defenderam, como Tsipras.

Sendo Europeísta, não sou daqueles que esteja totalmente satisfeito com o modelo adoptado pela União Europeia actualmente, em que a hegemonia de alguns Países prevalece sobre a maioria dos restantes. Disse-o no último artigo e direi neste: os referendos que começam a surgir por um grande número de Países deve-se em grande parte aos actores Políticos que temos e às políticas que têm sido adoptadas pela tecnocracia Europeia.

Depois da decisão democrática da saída do Reino Unido da União Europeia, esta última volta a tratar Países como Portugal e Espanha de forma fria e demasiado técnica, estando os Países com maior influência, favoráveis a sancionar Espanha e Portugal pelo não cumprimento do défice.

É verdade que as reversões do actual Governo dão uma imagem de irresponsabilidade e de menor seriedade no cumprimento das metas Europeias. É verdade que financeiramente estamos demasiado dependentes do exterior e principalmente de grandes Países Europeus, como a Alemanha. No entanto para um País como o nosso que nos últimos ano passou dificuldades e teve que tomar medidas de austeridade e de grande sacrifício para os Portugueses, como pode a frieza tecnocrata de Bruxelas exigir sanções a Portugal? Ainda por mais depois de um referendo que irá afastar uma das principais potencias Europeias da UE. Ainda por mais num momento de grande reflexão por parte dos cidadãos Europeus que colocam em causa os prós e contras da integração Europeia. Ainda por mais, por Portugal ser dos Países em que a maioria sua população confia nas Instituições Europeias.

Depois perdemos alguma credibilidade quando se assiste aos nossos actores Políticos trocarem acusações sobre quem são os culpados do resultado do défice do ano passado. Quando a obrigação dos mesmos é colocar de parte as quezílias políticas e lutarem pelo País, como um só.

Termino o artigo após a vitória da nossa seleção de futebol sobre o País de Gales , permitindo-nos chegar à final do Europeu em França. Assisto às cores e à bandeira de Portugal num dos maiores monumentos do Mundo, a torre Eiffel. Vejo na televisão os Portugueses unidos, como é raro ver. O que me leva à conclusão que estaríamos melhor representados na Comissão Europeia, no Ecofin no Eurogrupo e no Conselho Europeu por Fernando Santos e os seus 23 pupilos, do que pelos tácticos políticos que têm querendo parecer apenas, evitar as sanções Europeias. 

Imagem de capa daqui.