24 Dezembro 2017      11:49

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PLANETARIUM

Planetarium - uma viagem pelo Sistema Solar e arredores com Sufjan Stevens, Bryce Dessner, Nico Muhly e James McAlister

Um criativo opera nas fronteiras do seu mundo, porém não trabalha com todos os elementos disponíveis; por ser consciente de si escolhe aqueles que o seu talento lhe permite cuidar com o rigor da eficiência máxima. Ainda assim, há quem se permita dizer que não é no agitar dos elementos que se reconhece o génio. E esses, que se permitem dizer o que lhes apetece sem receio da incerteza, se não são génios, e raramente são, se é que alguma vez o são, têm pelo menos o dom do discernimento – juízes em causa alheia, são quem nos permite ver reconhecido o génio; e uma vez validado, que se divulgue daqui até para além dos limites, pois o génio é como que uma estrada sem princípio nem fim e de largura a perder de vista.

Dito isto, resta a questão (obrigatória no contexto): caso haja, que condições permitem a coabitação numa mesma entidade do discernente com o génio? Por outras palavras: em que condições pode o génio reconhecer-se a si mesmo? Posto nestes termos seria certamente tarefa só ao alcance dos loucos.

 

Um momento:

Estrada interminável e sem barreiras perceptíveis olhando para qualquer dos lados!

E o que é que isto faz lembrar? A estrada do Cosmos, pois claro. Forma natural de contornar a loucura.

 

Vejamos:

Mercury –

"All that I've known to be of life

And I'm gentle

You ran off with it all

And I'm faithful

All that I've held within my arms

And I'm weightless

You ran off with it all

And I'm speechless

All that I've said to get it right

And I'm confident

You ran off with it all...

...

All that I dreamed

Where do you run, where do you run to?

And I'm evidenced

All that I dreamed

Where do you run, where do you run to?

And I'm faithless

All that I dreamed"

 

Imagem de popsci.com