Planetarium - uma viagem pelo Sistema Solar e arredores com Sufjan Stevens, Bryce Dessner, Nico Muhly e James McAlister
Um criativo opera nas fronteiras do seu mundo, porém não trabalha com todos os elementos disponíveis; por ser consciente de si escolhe aqueles que o seu talento lhe permite cuidar com o rigor da eficiência máxima. Ainda assim, há quem se permita dizer que não é no agitar dos elementos que se reconhece o génio. E esses, que se permitem dizer o que lhes apetece sem receio da incerteza, se não são génios, e raramente são, se é que alguma vez o são, têm pelo menos o dom do discernimento – juízes em causa alheia, são quem nos permite ver reconhecido o génio; e uma vez validado, que se divulgue daqui até para além dos limites, pois o génio é como que uma estrada sem princípio nem fim e de largura a perder de vista.
Dito isto, resta a questão (obrigatória no contexto): caso haja, que condições permitem a coabitação numa mesma entidade do discernente com o génio? Por outras palavras: em que condições pode o génio reconhecer-se a si mesmo? Posto nestes termos seria certamente tarefa só ao alcance dos loucos.
Um momento:
Estrada interminável e sem barreiras perceptíveis olhando para qualquer dos lados!
E o que é que isto faz lembrar? A estrada do Cosmos, pois claro. Forma natural de contornar a loucura.
Vejamos:
Mercury –
"All that I've known to be of life
And I'm gentle
You ran off with it all
And I'm faithful
All that I've held within my arms
And I'm weightless
You ran off with it all
And I'm speechless
All that I've said to get it right
And I'm confident
You ran off with it all...
...
All that I dreamed
Where do you run, where do you run to?
And I'm evidenced
All that I dreamed
Where do you run, where do you run to?
And I'm faithless
All that I dreamed"
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