14 Janeiro 2016      18:23

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PERSPETIVAS PARA O ANO DE 2016

Encontramo-nos no início do ano de 2016 e pode ser interessante perspetivar o que poderá ser o presente ano. Não é intenção fazer futurologia, mas sim lançar um conjunto de pistas em relação a algumas matérias que interessam à nossa população. Há também a intenção de tentar perceber quais os possíveis efeitos dessas matérias na vida das pessoas.

A nível internacional vamos ter um conjunto de dossiers extremamente difíceis, que farão certamente parte da nossa discussão quotidiana. Matérias como: o combate ao terrorismo; entrada e apoio aos refugiados entrados no espaço europeu; a instabilidade no médio oriente; o papel do Estado Islâmico no xadrez internacional; a instabilidade e efeitos da guerra na Ucrânia e os abusos da Rússia neste e noutros quadros internacionais.

Fora da proximidade do espaço europeu, existem outras matérias que nos devem suscitar preocupações. São exemplo a crise económica e social que assola a sociedades brasileira; a crise económica, social e política na Venezuela; a instabilidade em Angola.

Todas estas matérias estão diretamente relacionadas com a sociedade em que vivemos. Grande parte da nossa atividade económica e das nossas relações institucionais passam por estes palcos. Uma boa parte da nossa capacidade de atuação depende fortemente da forma como nos podemos preparar para confrontar todas as dificuldades emergentes.

Em Portugal, com o Governo PS, vamos continuar com um processo de desfazer um conjunto de reformas importantes e modernizadoras que foram realizadas nos últimos anos em Portugal. Inicialmente muitas das medidas populistas que vão ser implementadas, poderão ter um efeito rápido de melhoria dos rendimentos das famílias. Muitas dessas medidas (já anunciadas) vão fazer parte do Orçamento de Estado de 2016. Sabemos, sabem muito bem os portugueses que o alargar do nível de despesa do Estado vai ter efeitos perversos no médio prazo. Essa é uma lição que já todos aprendemos e não queremos repetir.

Os portugueses estão fartos de ilusões!

É quase garantido que o consumo interno vai aumentar. Apostar numa sociedade de consumo vai ter efeitos bem negativos. Exemplos potenciais dos efeitos deste tipo de políticas:

- Reforço e aumento das importações, em contraponto da produção interna;

- Não estimula a criação de emprego, sobretudo o duradouro;

- Aumento da produção para consumo interno, em vez de apostar nas exportações;

- Aumento dos gastos do Estado, logo mais défice e mais dívida.

Significa que este tipo de políticas são pouco incentivadoras à economia. Aliás vão gerar desconfiança no mercado, mas sobretudo aos investidores externos. Um País que não tem dinheiro, necessita como do “pão para a boca” de investidores externos. Corremos o risco de estarem a ser espantados para outros lados do planeta.

Significa que estas políticas vão ter um efeito perverso nas exportações e reflexos muito negativos na competitividade da economia portuguesa. Significa, também, que toda esta imprevisibilidade gerada por esta governação, vai ter um efeito muito negativo na economia.

Espero que o cenário melhore e que eu esteja errado em relação a esta análise mais macro. Espero que tudo corra bem, porque os portugueses merecem.

 

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