O Grupo Parlamentar do PCP deu entrada de um requerimento a solicitar a presença da Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT), da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA), da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e da Associação Ambiental Amigos das Fortes (AAAF), na Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território para prestar esclarecimentos sobre o problema ambiental e de saúde pública em Fortes, Ferreira do Alentejo e concelhos limítrofes, relacionado com laboração do bagaço de azeitona. No final da semana passada já o Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre os "problemas ambientais e de saúde pública", resultado da operação daquela fábrica.
A fábrica de Fortes é alvo de queixas por parte dos moradores pelo menos desde 2015, que já apresentaram queixas-crime contra a fábrica, alegando maus cheiros, problemas respiratórios, dores de garganta, destruição de árvores e hortas, e uma cobertura oleosa nas casas e carros, associações ambientalistas e partidos políticos e já teve três contra ordenações graves, por ultrapassar os limites impostos nas emissões de gases para a atmosfera.
A empresa proprietária da unidade industrial, a AZPO-Azeites de Portugal, alegou então que “é impossível” haver actividade económica “sem impactos ambientais”, que define como “o outro lado da moeda” do desenvolvimento, tendo sido também multada pela Agência Portuguesa do Ambiente por descarga de águas residuais sem licença e sem tratamento. Mas em 2018 investiu mais de um milhão de euros na melhoria das operações da fábrica.