7 Janeiro 2023      16:28

Está aqui

Os portugueses vão perder a paciência com António Costa

São 10 demissões em nove meses. Para um Governo com maioria absoluta é obra! Tivemos novas mexidas na orgânica e um reforço do perfil político. Tenho dúvidas que seja suficiente para estancar a sangria de casos e saídas.

Este governo tem estado sujeito a inúmeras polémicas: desde a opção de Pedro Nuno Santos pela localização do novo aeroporto de Lisboa até às incompatibilidades apresentadas por diversos membros do executivo, passando pelo caos nas urgências hospitalares, que levaram à demissão da então ministra da Saúde, Marta Temido. São casos e mais casos dentro do Governo.

Outra situação bem recente, foi o caso do ex-secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves, que se encontra acusado de ter beneficiado empresa de mulher de ex-autarca do PS.

Tivemos também o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que protagonizou outro caso político: pelo facto de ser casado com a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, e colocou-se a questão de um conflito de interesses.

Outro caso foi provocado por Fernando Medina, quando decidiu contratar o antigo jornalista Sérgio Figueiredo para consultor, com um salário mensal superior ao salário base do próprio ministro. Sérgio Figueiredo teria um contrato de dois anos, sem exclusividade, com um salário de 139.990,00 euros, ou seja, cerca de 70 mil euros por ano.

Não esquecer outra situação protagonizada pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, em que contrariou o ministro da Economia (sobre a situação da descida generalizada do IRC). Também os secretários de Estado de António Costa Silva, João Neves e a secretário de Estado do Turismo, Rita Marques, alinharam no isolamento do ministro.

A mais recente e provavelmente o caso mais grave, protagonizado pela Ex-Secretária de Estado, Alexandra Reis, que recebeu uma indemnização no valor de 500 mil euros por sair antecipadamente do cargo de administradora executiva da companhia aérea portuguesa, quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos. Meses depois, foi nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV). Pouco tempo depois, foi convidada para Secretária de Estado do Tesouro.

Este é um Governo que é manifestamente incapaz de enfrentar com sucesso os problemas que afligem o País.

É um governo sem coordenação, sem orientação, incapaz de protagonizar verdadeiras reformas e desígnios para o País.

 A falta de coordenação política é uma evidência. São sete anos de governação socialista, pelo que já se pode considerar uma solução esgotada e cada mais afastada do sentimento popular. Vão ser os mesmos portugueses que deram maioria absoluta a António Costa, os primeiros a fartarem-se dele. Vão ser os primeiros a perder a paciência para com o Primeiro-ministro.