Esta semana provou-se que, para além dos jogos de poder e de interesses carreiristas, o mérito ainda tem algum espaço na União Europeia.
Após todas as votações que teve que enfrentar e da candidatura de uma nova candidata promovida pela Comissão Europeia, António Guterres venceu a eleição para Secretário-Geral das Nações Unidas.
Aquando das presidenciais, muitos o apontaram como o único candidato capaz de derrotar Marcelo Rebelo de Sousa, sendo que Guterres se apressou a informar que não seria sua intenção concorrer a tal cargo.
A partir daí (ou talvez um pouco antes), começava a adivinhar-se a candidatura ao mais alto cargo da Organização das Nações Unidas, cargo para o qual, sem qualquer modéstia, todos sabemos que António Guterres foi feito.
Não desfazendo dos restantes candidatos neste processo, Guterres sempre se destacou pelo seu percurso humanitário, com valores que a Organização das Nações Unidas precisa para voltar a ser colocada no mapa dos Órgãos Internacionais.
Actualmente a ONU está descredibilizada em várias frentes, sendo muitas vezes vista como um órgão que se reúne e discute para, no fim, continuar tudo na mesma.
Com a crise dos refugiados que a Europa está a atravessar, Guterres, como antigo alto representante para os refugiados, terá decerto uma visão mais prática e realista que permita trazer uma solução praticável.
Certamente que nem tudo será simples e de fácil resolução. Cabe agora a Guterres rodear-se de uma equipa competente e capaz de levar em frente todos os desafios que pretende levar a cabo nas Nações Unidas.
A história começou a ser feita com a sua eleição. Que o seu percurso continue a ser tão bom ou ainda melhor que aquele que o levou a este cargo.
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