7 Março 2016      09:54

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O PERIGO DA IMPREVISIBILIDADE

"ENTRE NAÇÕES"

Esqueçam Bush Pai ou Bush Filho, esqueçam John McCain, Ted Cruz, Marco Rúbio ou Mitt Romney. Se existe alguém que os considere extremos, incoerentes, populistas, e como dizem os próprios americanos, completos warheads, chegou Donald Trump para quebrar todas as barreiras que se julgavam estabelecidas no Partido Republicano.

Donald Trump, empresário do ramo imobiliário, estrela de talk-shows, como todos podemos constatar, está neste momento à frente na corrida pela nomeação para as eleições presidenciais norte americanas pelos Republicanos. E situa-se como um dos candidatos mais controversos e extremo das últimas décadas, fazendo uma campanha na base da referência a problemas estruturais delicados como a emigração, questões religiosas, acção económica interna e externa. Cujas opiniões têm deixado agitados alguns líderes mundiais como Enrique Peña Nieto Presidente do México. Até Vladimir Putin já se pronunciou relativamente ao candidato como “alguém muito talentoso e brilhante”, argumento que é passível de suspeita, pois pode possuir conotações de ironia.

Trump anuncia na sua campanha temas como, a construção de um muro na fronteira com o México para conter os fluxos de imigrantes ilegais, tema que tem sido alvo de desdém por parte do governo mexicano e que pode no futuro, caso se concretizem, afectar as relações EUA – México. Anuncia também a intenção de monitorizar de perto a população muçulmana a viver no país, com a identificação dos cidadãos e vigilância em mesquitas, ou até mesmo a proibição da entrada de muçulmanos no país de forma temporária, que têm preocupado toda a população muçulmana americana e além fronteiras. A sua campanha tem-se pautado também pelo recurso ao ataque pessoal quando fala dos seus opositores, seja Rúbio, seja Cruz, seja Carson, ou até mesmo Hillary.

E o título desta intervenção tem tudo a ver com o perfil de Donald Trump, que caso seja eleito presidente da primeira potência mundial, causará instabilidade nos níveis de stress mundiais, não pelo que vai fazer, mas pelo que já prometeu, e como isso afectará as demais lideranças mundiais. Bem como todas as suas possíveis acções e palavras que possa daí para a frente realizar e proferir. A sua imprevisibilidade como pessoa, poderá resultar em acontecimentos históricos no panorama internacional caso o mesmo ganhe a corrida à Casa Branca, ou então, não conseguirá realizar muito daquilo que o seu populismo promete, e perderá credibilidade. Mas como digo, será sempre um mar de imprevisibilidade. Estaremos cá para ver.

 

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