19 Setembro 2016      09:33

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O DESVIAR DA CULPA

Na sequência da carta pública da concelhia da JS Évora ao Presidente da Câmara Municipal, o próprio chamou-nos para uma reunião por forma a discutirmos um pouco melhor tudo o que se tem passado em redor da falta de limpeza da cidade e da manutenção dos equipamentos de recolha de lixo.

Na sequência dos esclarecimentos pedidos na carta, o Sr. Presidente informou que a situação está a ser tratada sendo que, ainda inexplicavelmente, não conseguiu dar garantias que a situação não se repetisse em anos futuro, tendo sido dito pelo próprio que “prognósticos só no fim do jogo”.

Na tentativa de apurar responsabilidades para o que se passa na cidade, foi igualmente dado a entender que a principal responsabilidade deverá ser imputada aos habitantes e proprietários de estabelecimentos da cidade, estando a ser desenvolvidas acções de fiscalização junto dos mesmos.

Não querendo isentar os responsáveis apontados, o que parece é que os mesmos não poderão ser responsabilizados por tudo, nomeadamente pelas ervas nos passeios, pela falta de contentores do lixo e pelos buracos nas estradas.

Tendo sido dada a garantia que este ano a situação está a ser tratada, pelo menos em alguns espaços, o que é certo é que apenas este ano não basta.

Também a questão do cheiro nauseabundo que se faz sentir aquando da recolha do lixo (e em horas de refeições) foi abordada, tendo sido dito que a solução passa pela relocalização dos depósitos subterrâneos sendo que os mesmos serão em menor número.

O que é certo é que muito foi dito, mas muito poucas garantias foram dadas quanto à limpeza da cidade e manutenção da mesmas e quanto à aplicação de verbas disponibilizadas pelo Governo.

Apesar de ter sido dito para estarmos descansados, a preocupação mantém-se, tendo aumentado ainda mais.

Évora merece mais e melhor e verdadeiras atuações no sentido de recuperação de toda a situação que todos conhecemos.

A vigilância irá manter-se na esperança que esta tenha sido a última carta que tenha sido necessária remeter para que a cidade volte a ser a cidade património mundial.