A Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) anunciou, em 9 de junho, a aprovação de uma alteração normalizada ao caderno de especificações da Denominação de Origem Protegida (DOP) «Queijo Serpa», proposta pela Associação de Produtores Queijo Serpa (APS). O caderno de especificações, que define as regras desde a produção de leite até o fabrico e a comercialização, encontrava-se em vigor há mais de três décadas e necessitava de atualização para incorporar normativas europeias recentes e responder às exigências do mercado atual.
Entre as modificações de maior relevo está a introdução de formatos intermédios, destinados a facilitar o escoamento e a adequação às necessidades de diferentes públicos, e a inclusão oficial do queijo “velho” com tempo de cura superior a 180 dias. Até então, as dimensões disponíveis eram muito díspares e o queijo envelhecido, embora produzido com as mesmas matérias-primas e métodos tradicionais, não estava contemplado no regulamento em vigor. Com a revisão, pretende-se assegurar maior flexibilidade e valorização de todas as variantes produzidas, sem comprometer os padrões de qualidade e autenticidade reconhecidos pela DOP.
A atualização do caderno de especificações reflete o esforço conjunto dos produtores para manter a competitividade do Queijo Serpa, garantir a sua continuidade no mercado e adaptar-se às evoluções regulamentares da União Europeia. A APS liderou o processo de revisão, em estreita colaboração com as autoridades competentes, de modo a preservar o caráter tradicional do produto, ao mesmo tempo que se introduzem normas que permitam ajustar o fabrico e a comercialização às tendências de consumo e distribuição atuais.
Com a aprovação formal pela DGADR, as novas especificações passam a vigorar, proporcionando aos produtores condições regulatórias mais adequadas para explorar diferentes tamanhos e maturações do Queijo Serpa, reforçando a sua posição no mercado interno e externo. Esta alteração é considerada um passo essencial para assegurar a robustez do setor, respeitando a tradição e a identidade do produto, ao mesmo tempo que se responde às dinâmicas do mercado e às exigências normativas contemporâneas.