Há sonoridades que se alojam na nossa mente e na nossa memória. Essas mesmas sonoridades têm a capacidade única de nos influenciar o estado de espírito, de nos motivar ou de nos deprimir.
Desde os primórdios da Humanidade e da invenção daquilo a que os críticos e analistas sociais determinam como cultura, a música tem feito parte e tem sido intrínseca ao ser humano.
A música chega a todos. Uns são afortunados e tiveram o dom de nascer, crescer ou aprimorar o seu talento vocal e de artista musical.
Ser pianista, violinista, tocar um instrumento de sopro não está acessível a todos, requer uma prática especial, uma dedicação superior. Ser tenor, soprano, barítono, qualquer tipo de tom de voz é uma dádiva que também se trabalha. A música envolve talento, envolve sensações, experiências e memórias que crescem dentro de nós, que nos alimentam.
A nós, cujo talento musical escasseia e cuja satisfação primária é a de captar, admirar, inspirar a música e os sons.
A música faz-nos crescer e desenvolver capacidades, superar medos e encontrar paz em momentos de maior tensão. Porque somos todos diferentes, são variados os tipos de música que cada um de nós gosta e que tem um efeito especial e variado em cada um.
Porém a música é tão mais além, tão profundamente bela e tão complexa que as partituras, as letras, a nossa capacidade limitada a uns poucos, de a entender, transforma-se num labirinto de sons, belo como o princípio do mundo, imitando os sons da natureza, aqueles que já conhecemos e os novos que a criação humana transporta até nos.
A música é o conceito global, o invólucro que agrega todos os sons de forma tão organizada que os torna sublimemente belos.
A música sente-nos e conforta a unicidade de cada um de nós. Os sons, esses estão em todo o lado, a toda a hora.