17 Março 2023      09:22

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Municípios apoiam Linha do Alentejo Beja-Funcheira

António Bota, presidente do conselho intermunicipal da CIMBAL

A Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL) defendeu a “total renovação” e a reabertura do traçado da Linha do Alentejo entre Beja e a Funcheira, no âmbito do Plano Ferroviário Nacional (PFN).

De acordo com a agência Lusa, esta proposta surge a propósito da consulta pública do PFN, que decorreu até final de fevereiro, e para a qual também a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) submeteu algumas propostas, como noticiado por este jornal.

A CIMBAL refere, na proposta enviada, que regista “com agrado” a intenção de reabrir o troço da Linha do Alentejo entre Beja e a Funcheira (Ourique), defendendo em simultâneo uma “total renovação, modernização e eletrificação da linha”.

“Propomos também a concretização de um verdadeiro serviço de Intercidades, beneficiando da renovação da Linha do Alentejo entre Casa Branca-Beja-Ourique, ligando Lisboa a Faro”, acrescenta a entidade.

Segundo o mesmo documento, esta solução iria contribuir “para proporcionar um serviço a que a Linha do Sul já não consegue dar resposta”.

Além disso, os municípios propõem, de forma complementar, a eletrificação do ramal que serve a mina de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde, e a realização de um estudo para a possível reabertura do ramal de Aljustrel, entre esta vila e a estação de Almodôvar/Castro Verde, na localidade de Carregueiro, para “escoamento do minério”.

No documento, a CIMBAL sugere ainda a “eletrificação e modernização do traçado Casa Branca-Beja da Linha do Alentejo, incluindo a concordância” ao aeroporto de Beja, assim como a construção de uma nova ligação de alta velocidade entre Lisboa e Faro que passe por Beja e Évora.

“Caso se possibilite uma ligação ferroviária de alta velocidade entre Beja/Lisboa e Beja/Faro, a atratividade de voos regulares de passageiros para [o aeroporto de] Beja subirá exponencialmente”, sublinha a CIMBAL.

Para os municípios, a “competitividade” da infraestrutura aeroportuária alentejana “aumentará significativamente também ao ser proporcionado o abastecimento de ‘jet fuel’, a partir de Sines, com recurso ao caminho-de-ferro”.

 

Fotografia de radiopax.com