Ontem ficou claro que o Primeiro-ministro assumiu uma estratégia suicida para o Governo e decidiu atirar o País para novas eleições, independentemente dos impactos desta decisão.
Será que Luís Montenegro assumiu propositadamente a sua falta de transparência e este combate perdido à partida para prejudicar deliberadamente o País? Acredito que não. Mas não há dúvidas que preferiu atirar o País para Eleições a continuar a ser exposto nas muitas questões empresariais ainda por esclarecer.
Luís Montenegro e a sua falta de transferência são um profundo ato de egoísmo para com o País e os Portugueses, sobretudo num momento terrível a nível internacional (no qual todos devíamos estar focados).
É caso para dizer que: Quem não deve, não teme!
Mas é igualmente verdade que assistimos ontem a um vergonhoso espetáculo na Assembleia da República Portuguesa, com um ataque múltiplo entre todos os Partidos, com um teatro inimaginável do Governo e do PSD.
Ao longo de um ano o Partido Socialista foi mesmo o adulto na sala.
Foi graças a isso que:
Depois de tudo isto como pode Luís Montenegro ser tão incauto, tão irresponsável, tão egoísta?
O PS foi no último ano um líder da oposição responsável, contributivo e construtivo. Fomos oposição clara a este Governo e não parceiro de coligação do PSD, mas isso não nos impediu de aprovar propostas importantes para o país, como sejam o aumento das reformas dos pensionistas.
No entanto, o PS, com quase 52 anos de história democrática, não é o pano de limpar o chão do PSD.
O PS merece mais respeito, e acima de tudo, os portugueses merecem ainda mais.
Perguntamos todos:
Na verdade, a resposta é simples:
- O Governo perdeu a confiança dos portugueses porque não houve Sentido de Estado do Primeiro-Ministro.
Porque o PSD não teve coragem de lhe fazer frente e dar preferência ao País.
Montenegro precisava de ter o Sentido de Estado que Pedro Nuno Santos mostrou em vários momentos-chave da nossa vida política ao longo deste último ano.
No final do dia, e para a história, fica a instabilidade provocada pelo Governo e um País que vai a votos sem vontade. Um País que vai a votos para as Eleições Legislativas, marcadas em breve pelo Presidente da República (que lamentavelmente nada disse e nada fez para mediar esta situação). Um País que vai a votos a seguir para as Eleições Autárquicas, em outubro. Um País que vai a votos no início de 2026 para as Eleições Presidenciais.
Deixo um desejo profundo: que estas sejam eleições clarificadoras e geradoras de pontes e de estabilidade para Portugal e para os Portugueses.