Várias companhias de teatro, nacionais e internacionais, vão marcar presença em Montemor-o-Novo, na 13.ª edição do Encontro Internacional de Marionetas, organizado pela associação cultural Alma d’Arame, que está a celebrar 15 anos de vida.
Assim, até dia 6 de junho, vários espaços e ruas de Montemor-o-Novo recebem uma programação multidisciplinar, associando-se também, entre 1 e 4 de junho, ao Festival de Teatro Ibérico de Lisboa.
Em declarações à Renascença, Amândio Anastácio, diretor artístico da Alma d'arame, diz que, “em termos nacionais, o Encontro Internacional de Marionetas é muito importante para a descentralização do acesso à arte e para que o público possa partilhar momentos únicos com os artistas”.
Neste sentido, o cartaz oferece até 6 de junho “várias apresentações de marionetas tradicionais, criações mais contemporâneas, teatro, performance, instalação, exposições e workshops”, por companhias artísticas oriundas de Portugal, França, Espanha, Alemanha e Polónia.
O responsável pela organização do evento refere ainda que, “apesar de o encontro não ter acontecido o ano passado por causa da pandemia, não quisemos cruzar os braços, por isso estamos de volta, cheios de energia, para que esta edição valha por duas”.
“NOVO – La Nuit”, da companhia francesa MECANIkA, marca a abertura da edição de 2021 do encontro, esta noite de quarta-feira, depois das 21h00, no Cineteatro Curvo Semedo, na cidade alentejana. Dirigido pelo marionetista e cenógrafo Paulo Duarte, o espetáculo “é um olhar onírico, por vezes divertido, trágico e contemplativo sobre o quotidiano nas cidades”, indica a Alma d’Arame.
Antes do espetáculo, pelas 18h00, no Foyer do mesmo Cineteatro, é inaugurada a exposição “Aqui também há pássaros”. Segundo Amândio Anastácio, “é uma exposição multissensorial que, esperamos, cresça com a participação dos seus visitantes”.
Já a mostra tem origem no projeto com o mesmo nome, “Aqui também há pássaros”, desenvolvido pela Alma d'Arame com os idosos do Lar do Abrigo dos Velhos Trabalhadores de Montemor-o-Novo.
O diretor artístico da associação cultural explica também que o “projeto invoca no seu espaço expositivo os materiais e conteúdos resultantes de diversas atividades, como técnicas de teatro, manipulação de objetos, música, técnica vocal e corporal ou escrita criativa, onde se potenciou o corpo em movimento”, com a finalidade de “retardar os efeitos da deterioração, a manutenção das capacidades psicomotoras e psicoafectivas, bem como as relações interpessoais do idoso isolado no seu contexto social”.
Para o responsável, “a arte é preciosa para o nosso desenvolvimento enquanto seres humanos”, ao mesmo tempo que deseja que “a arte nos torne seres melhores e nos faça questionar o mundo em que vivemos.”
“Convidamos todas as pessoas a assistir ao festival, em total segurança, pois é para todas as idades”, destaca ainda Amândio Anastácio.
Fundada em 2006, em Montemor-o-Novo, a Alma d’Arame celebra este ano 15 anos de existência. A associação pretende contribuir para a divulgação das artes cénicas, dentro e fora de fronteiras, com especial destaque para o teatro de marionetas. Desde 2008 que organiza e produz o Encontro Internacional de Marionetas.
O programa completo do XIII Encontro Internacional de Marionetas está disponível na página da associação em https://almadarame.pt/.
Fotografia de 24.sapo.pt
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