O Monte da Bica, adega boutique na zona de Montemor-o-Novo, prepara-se para dar início a um novo capítulo da sua história de mais de 100 anos. Sob a liderança de Manuela Pinto Gouveia, que pretende “elevar o Monte da Bica a referência de sucesso e sustentabilidade”, a nível florestal, agrícola e de turismo, a herdade planeia fazer um investimento de mais de 1,5 milhões de euros na construção de um Boutique Hotel, de novos lagares de pisa a pé e de uma sala de provas.
“Estamos a dar início a uma nova fase deste projeto de alma portuguesa e tão profundamente alentejana: o Monte da Bica. Temos um novo website com loja online, nova imagem e novas referências de vinho – irreverentes e audazes como sempre – que continuam a desafiar convenções e a elevar a perceção dos vinhos da região”, conta Manuela Pinto Gouveia, proprietária do Monte da Bica, citada em comunicado. “Contamos também com uma nova adega, uma adega-galeria com exposições regulares e novas experiências para quem nos visita. Ainda este ano abriremos dois lagares de pisa a pé – queremos fazer toda a vinificação em casa – e uma sala de provas. Em 2027, concretizamos um sonho antigo dos meus pais: o hotel. Queremos recuperar a hospitalidade da casa, criar uma experiência imersiva e ajudar a fixar gente e talento na região criando oportunidades de emprego”, afirma ainda.
A família Pinto Gouveia orgulha-se de ser, desde 1919, proprietária desta herdade, que é “conhecida pela sua longa tradição na produção de cortiça e cereais”, pode ainda ler-se no comunicado. Com aproximadamente 350 hectares de terra, a Herdade da Bica é atualmente “um modelo de gestão sustentável e diversificado”, com atividade em diferentes áreas, como a cortiça, o pinhão, o eucalipto, o mel, as sementes e a pecuária. Dedica-se também, desde 2016, à produção de vinhos, “combinando tradição e inovação”. A primeira vinha data de 2005.
A empresa está também a dar os primeiros passos na internacionalização, tendo planos para começar a exportar ainda durante este ano para mercados como Angola, Irlanda, Brasil, Canadá e Espanha. Da estratégia de crescimento, fazem ainda parte a abertura de novos canais de distribuição e a formação de novas parcerias de negócio.
“O apreço pelo vinho foi-me transmitido pelo meu pai, que me deixou em herança uma vinha familiar dedicada à produção de vinhos premium, produzidos em pequenas quantidades. Herdados foram também o entusiasmo com que aqui se produz cada garrafa, a atenção ao detalhe, o profundo afeto pela terra e o compromisso com a excelência”, revela a responsável.
Os vinhos do Monte da Bica, autênticos e aromáticos, “aspiram a ficar na memória dos verdadeiros apreciadores”. As vinhas da herdade, situadas em Lavre, uma “região de paisagens deslumbrantes e clima generoso”, tiram partido das condições ideais para a criação de “vinhos de grande frescura e expressão aromática”. O “terroir singular”, que se destaca pelos solos de transição de barros para areias, possibilita uma “maturação excecional”, que confere aos vinhos “uma personalidade única”.
Os vinhos Monte da Bica são produzidos pelas “mãos experientes” de André Herrera, enólogo consultor, e Madalena Torres Pereira, enóloga residente. André Herrera chegou à herdade durante a primavera de 2016, levando “uma nova dimensão aos vinhos da casa”, que depressa associaram à marca palavras como elegância, frescura e carácter e conquistaram o reconhecimento do público. “Dos blends mais tradicionais” às “ousadas seleções de single vineyard”, o enólogo encontrou em Lavre “um terroir singular”, que lhe deu a oportunidade de “explorar novas expressões de autenticidade”.
A gama é, neste momento, composta por 10 vinhos. São eles Da Bica Rosé 2024, Monte da Bica Rosé 2018, Da Bica Tinto 2021, Monte da Bica Reserva 2019, Castelão Reserva 2021, Merlot Reserva 2020, Sem Título Branco, Sem Título Rosé, APG Grande Reserva 2020 e Merlot Grande Reserva 2019. Entre as novidades, destacam-se os vinhos Da Bica Tinto 2021, Da Bica Rosé 2024 e o Sem Título Rosé, estando ainda previsto o lançamento do TPG Grande Reserva, que presta homenagem à matriarca da família.
Através da nova adega e da adega-galeria na sala das barricas que recebe regularmente exposições de arte, o Monte da Bica pretende “afirmar-se não apenas como produtor de vinhos, mas também como destino obrigatório no Alentejo, promovendo a cultura, o terroir e a identidade singular da região”. Além disso, tem ainda para oferecer diversas “experiências imersivas”, como provas de vinhos, visitas à herdade, piqueniques, tirada de cortiça e pisa em lagar”, dando aos visitantes a possibilidade de se conectarem “com a terra e a biodiversidade local”.
E, sendo o Monte da Bica “feito de paixões”, outro dos seus destaques é o showroom Manumaya, que contém peças artesanais da Guatemala, selecionadas pela proprietária. Este projeto, que já é bem conhecido na Comporta, “ganha agora nova expressão” na região alentejana, “num espaço onde a loja de vinhos se funde com a arte e a cultura de um outro mundo”, universos que “partilham os mesmos valores: autenticidade, tradição, sustentabilidade e compromisso com o belo”.
As informações e marcações estão disponíveis no website da herdade, podendo os preços ser consultados na loja online.
Os vinhos Monte da Bica podem ser adquiridos no próprio Monte da Bica, na loja online e em garrafeiras e restaurantes.
Fotografia de enoturismodocentro.pt
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