17 Abril 2025      12:35

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Monsaraz e Reguengos de Monsaraz recebem exposição do artista Roberto Chichorro

A exposição de pintura “Memórias de um Andarilho”, de Roberto Chichorro, “um dos maiores nomes da arte contemporânea africana", já pode ser visitada em Reguengos de Monsaraz e na vila medieval de Monsaraz, informa o município alentejano, através de um comunicado.

No mesmo documento, o município avança ainda que esta exposição, que foi inaugurada no passado sábado (12), pode ser visitada até 10 de junho, no Auditório António Marcelino da Biblioteca Municipal de Reguengos de Monsaraz, e até 6 de julho, na Igreja de Santiago, em Monsaraz.

Nesta exposição, o artista plástico apresenta 34 obras, nomeadamente pinturas em acrílico sobre tela, técnica mista sobre papel, tinta da China sobre papel e técnica mista sobre cartão, que se encontram divididas pelos dois espaços culturais do concelho. As obras expostas na Igreja de Santiago podem ser apreciadas todos os dias, das 09:30 às 12:30 e das 14:00 às 17:30. Já as que se encontram na Biblioteca Municipal, podem ser visitadas de segunda-feira a sábado, das 10:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30.

O artista plástico Roberto Chichorro nasceu em 1941, em Moçambique, no Bairro da Mafalala, “epicentro de vida, cultura e resistência em Lourenço Marques, atual Maputo, onde viveu intensamente o cruzamento de culturas que influenciaria toda a sua obra”, escreve o município, acrescentando que as “suas criações são marcadas por cores vibrantes, simbolismo e narrativas visuais que retratam a cultura africana, a memória, a história e o quotidiano moçambicano”, sendo utilizadas, por exemplo, a pintura a óleo e a aguarela, a zincogravura, a serigrafia, a cerâmica e as técnicas mistas.

Com exposições internacionais desde 1960, Roberto Chichorro, que tem levado “Moçambique aos palcos mais prestigiados da arte contemporânea” e inspirado “gerações de jovens artistas”, promove, através da sua obra, “a diversidade cultural e étnica de Moçambique, enfatizando a importância de preservar e valorizar a identidade africana, em telas que retratam cenas do quotidiano, rituais, música, dança, mas também a repressão vivida durante o período colonial”, acrescenta.

 

Fotografia de villasegolfe.com