15 Janeiro 2022      12:05

Está aqui

Mil e um dias

O dia começou com uma diferença horária de cinco horas. Mal tinha fechado os olhos, acordei com a voz do capitão a pedir-me que apertasse o cinto. Estava a chegar ao meu destino.

Viajar é uma das muitas maravilhas do mundo que, em alturas de pandemia, se pode tornar num magnífico pesadelo. As viagens, os sonhos, as diferenças de altitude e os sinais que em nós se evidenciam…

Os dias começam com inúmeras oportunidades e com igual número de obstáculos. Tudo dependerá dos nossos gestos, das nossas ações, dos nossos movimentos. Os dias começam com o nascer do sol e terminam com o por do sol. Não significa tal que as nossas aventuras, dramas, formas de estar, lutas, momentos, comecem com o nascer e o por. Muitas e tantas ultrapassam estas barreiras físicas e prolongam-se muito além do nosso quadro temporal.

Os dias de hoje são de felicidade. Pelo menos para mim e penso que muitos de vós podeis partilhar também está opinião. Que maior alegria há a de abraçar os vossos pais, aqueles que sempre vos deram tudo o que sabiam, o seu carinho, as suas ideias, ansiedades, medos e expectativas?

Felicidade é abraçar alguém de quem verdadeiramente gostamos e amamos. Dizer, num abraço singelo, sem palavras que a nossa presença é cuidar, é amor, é estar.

Mil e um dias… serão mensuráveis os da felicidade? Não creio… acredito que muito mais do que mil e um dias serão os necessários. Porém, acredito também que mil e um são muito mais do que aqueles que precisamos para abraçar alguém amamos e, sem palavras, dizer que estamos aqui e mil e um dias serão apenas um, se tal for o que é preciso para demostrar aquilo que sentimos!