17 Agosto 2021      13:19

Está aqui

Mértola e Ponte de Sor tentam puxar economia circular na construção

Os municípios de Mértola e Ponte de Sor, juntamente com Vila Nova de Gaia, Mangualde, Oliveira de Frades, Ponta Delgada, Ribeira Brava e Valongo estão inseridos na RC2CS – Rede para a Construção Circular e Sustentável, no âmbito da Iniciativa Nacional Cidades Circulares (InC2).

De acordo com o Público, o objetivo desta iniciativa é fomentar a economia circular urbana e o desenvolvimento urbano sustentável, através de ações como a reutilização de materiais na construção de edifícios; a salvaguarda da durabilidade, adaptabilidade e eficiência dos recursos aplicados em habitações e espaços públicos; e a transição do setor para novos modelos de economia circular e de baixo carbono.

O projeto foi recentemente aprovado no âmbito da Iniciativa Nacional Cidades Circulares (InC2), da Direção-Geral do Território (DGT), para as áreas do urbanismo e construção, e integra oito municípios portugueses, ilhas incluídas: Mangualde, Mértola, Oliveira de Frades, Ponta Delgada, Ponte de Sor, Ribeira Brava, Valongo e Vila Nova de Gaia.

Será este último município, através da Gaiurb – Urbanismo e Habitação, E.M, que assume uma “liderança horizontal” do projeto para potenciar a “cooperação e identificação de desafios que são muitas vezes comuns, apesar das escalas diferentes”, afirma António Castro.

O presidente do conselho de administração da Gaiurb refere que a candidatura do município gravitou naturalmente para este tema devido à “dimensão e volume de construção” atualmente existentes, processo em que “os princípios de economia circular são muito importantes”. Ao mesmo tempo, o projeto pareceu especialmente oportuno numa altura em que Gaia se encontra a realizar a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM). “Pretendemos que seja mais que um instrumento de gestão do território, um instrumento de gestão de pessoas, e que elas percebam, ao mexermos nas peças, o que mudamos na nossa cidade”.

Segundo o responsável, a “parte comportamental” é indispensável para repensar a práticas construtivas e contribuir para a descarbonização das cidades. “À parte a tecnologia, os regulamentos nacionais e internacionais existentes, um dos desafios é que os cidadãos estejam envolvidos”, até porque “é nas cidades que estão a maior parte das pessoas”. Para se avistar, sequer, a meta da neutralidade carbónica em 2050, “esta simbiose tem de estar alinhada”.

A RC2CS está pronta para a Fase 1, de consolidação da parceria entre as cidades e de desenvolvimento do estudo base e de programação a implementar na rede e nos Planos de Ação Locais Integrados (PLAI). Já na Fase 2, iniciarão as atividades no terreno, que “podem ser partilhadas em alguns níveis pelos parceiros”. O orçamento global é de cerca de 260 mil euros e tem um prazo de execução de 20 meses.

Adicionalmente, foram aprovadas outras três redes intermunicipais em todo o país: CircularNet – Plataforma para a circularidade: Comunidade, Empresas e Ambiente natural, focada na “Economia Urbana para a Circularidade”; RURBAN Link – Ligações Circulares entre áreas urbanas e rurais, para abordar “Relações Urbano-Rurais”; CApt2 (Circularidade da Água – por todos e para todos, que vai tratar o “Ciclo Urbano da Água”.

 

Fotografia de visitmertola.pt