Marvão recebe mais de 7 mil sobreiros como compensação por projetos em Condeixa

A empresa Anadia Green vai plantar, em Marvão, cerca de 7.400 sobreiros, com o objetivo de compensar o abate de 1.070 destas árvores em Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, onde quer construir três parques solares.

Num despacho publicado em Diário da República (DR), assinado por Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente, e por Rui Pereira, secretário de Estado das Florestas, consultado pela agência Lusa, pode ler-se que a empresa quer proceder à instalação de um projeto solar fotovoltaico composto por três parques solares em Corteses, na Quinta do Vale e São Fipo, em Condeixa-a-Nova.

Para que o projeto se torne realidade, a tutela “declara de imprescindível utilidade pública” a construção de três parques solares.

Segundo o documento, para o projeto avançar, foi pedida autorização para se fazer o “abate de 1.070 sobreiros”, nomeadamente 970 sobreiros jovens e 100 sobreiros adultos, que radicam numa área de 12,31 hectares de povoamento.

O projeto de parques solares, que representa um investimento de cerca de 18,5 milhões de euros, vai possibilitar, de acordo com o Ministério do Ambiente e Energia, a criação de emprego e “ajudará a combater a assimetria” da balança comercial, reduzindo as necessidades de importação de energia e/ou derivados.

No despacho, refere-se que a empresa procedeu à apresentação de um projeto de compensação e do respetivo plano de gestão, estando prevista a arborização com sobreiro de “uma área de 18,49 hectares”, que poderá ser inferior devido a afloramentos rochosos no local, “mas nunca inferior a 15,39 hectares”. Nesta área, vão ser plantadas “7.396 árvores”.

Além disso, a área de compensação em Marvão vai substituir o atual pinhal por um povoamento puro de sobreiros e castanheiros, o que vai promover a sustentabilidade florestal.

A plantação vai ser feita na propriedade da Malhada do Vale, que fica na Freguesia de São Salvador da Aramenha, em pleno Parque Natural da Serra de São Mamede.

O despacho refere ainda que o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) deverá fazer o acompanhamento próximo da implementação deste projeto de compensação.

Fotografia de hrportugal.sapo.pt