A Câmara Municipal de Marvão, no distrito de Portalegre, prevê lançar uma biblioteca itinerante no primeiro semestre de 2025, colmatando a falta de uma biblioteca física e levando serviços de leitura e Internet às zonas rurais. Este projeto resulta de uma candidatura aprovada ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que financia a iniciativa em cerca de 130 mil euros. Atualmente, estão em curso os procedimentos para a aquisição do veículo e do equipamento necessário para o serviço, conforme explicou o presidente da autarquia, Luís Vitorino.
Por outro lado, o município de Vila Viçosa, em Évora, enfrenta dificuldades em implementar um serviço semelhante, apesar de também figurar entre os cinco concelhos do país sem serviço permanente de biblioteca. Segundo o presidente da Câmara de Vila Viçosa, Inácio Esperança, a candidatura ao PRR tem sido complexa, com a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) a colocar “questões sucessivas” que têm atrasado o processo. Contudo, o município não descarta a possibilidade de optar por uma biblioteca física e manifestou interesse em dialogar com o Governo sobre essa alternativa.
Além de Marvão e Vila Viçosa, os concelhos de Terras de Bouro (Braga), Aljezur (Algarve) e Calheta de São Jorge (Açores) também não possuem bibliotecas permanentes e pretendem superar essa carência. Anunciado pela DGLAB em 2021, o apoio do PRR visa modernizar as bibliotecas públicas, com contratos assinados em julho de 2023 entre algumas destas autarquias e o Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais (GEPAC) do Ministério da Cultura. A ministra Dalila Rodrigues realçou recentemente o objetivo de tornar as bibliotecas públicas “Unidades Culturais de Território”, com o Governo a assumir 50% do investimento, permitindo uma maior abrangência territorial e de serviços.
Imagem de merceariademarvao.blogspot.com
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