23 Outubro 2024      08:30

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Marvão e Valencia de Alcântara exigem rede expresso Lisboa-Madrid

Luís Costa, vice-presidente da Câmara de Marvão

A Câmara Municipal de Marvão e o Ayuntamiento de Valencia de Alcântara, em Espanha, reivindicam a criação de um circuito rodoviário, através de uma rede expresso, para ligar Lisboa a Madrid.

Em declarações hoje à agência Lusa, o vice-presidente da Câmara de Marvão, Luís Costa, explicou que a ideia passa por criar uma ligação entre os dois países, com passagem por aquele território do Alto Alentejo e por Valencia de Alcântara, na província de Cáceres.

“Existe uma forte possibilidade de vir a ocorrer e nós estamos a trabalhar nesse sentido, de fazermos uma ligação rodoviária entre Madrid e Lisboa, passando por Valência de Alcântara e Marvão, de um expresso que faça essa ligação”, disse o responsável.

O autarca recordou que estes dois municípios do interior estão “um bocadinho esquecidos” no “cantinho” dos mapas dos dois países e que o projeto poderia dar “maior mobilidade” às populações, uma vez que em 2011 foram suprimidos os serviços regionais de passageiros no ramal ferroviário de Cáceres.

“Estamos a trabalhar nesse sentido, quer um, quer o outro município, com as respetivas entidades de cada um dos países e, estamos em querer, que no futuro vamos ser ouvidos e que vai ser possível fazer essa ligação”, defendeu.

Para reforçar os laços de cooperação e para reivindicar a criação de uma rede expresso que ligue as capitais dos dois países, vai decorrer no domingo, a partir das 09:00, uma caminhada transfronteiriça entre a Estação Ferroviária de Beirã, no concelho de Marvão, e a Estação Ferroviária de Valência de Alcântara.

De acordo com o autarca, vão participar na iniciativa uma centena de pessoas dos dois países.

Recorde-se que a CP suprimiu, em 2011, os serviços regionais de passageiros no ramal ferroviário de Cáceres, entre Torre das Vargens, no concelho de Ponte de Sor, e Beirã.

A estação ferroviária da aldeia de Beirã, situada a poucos quilómetros de Valência de Alcântara, albergou durante vários anos uma alfândega, despachantes, um posto da guarda-fiscal e um outro da Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE).

 

Fotografia de facebook.com