A Turismo Fundos lançou, esta terça-feira, os concursos para a reabilitação e exploração de seis antigas estações ferroviárias inseridas no Fundo Revive Natureza, cujas candidaturas podem ser apresentadas até 26 de janeiro de 2022.
De acordo com a agência Lusa, três dos imóveis localizam-se no distrito de Évora, mais precisamente as estações de Vale de Paio e Vimieiro, no concelho de Arraiolos, e de Montoito, no concelho de Redondo.
Os outros são a Estação de Represas, no concelho e no distrito de Beja, e as estações de Sousel, no concelho de Sousel, e de Vale do Peso, no concelho de Crato, no distrito de Portalegre.
A cerimónia de lançamento dos concursos destas seis estações, de um total de 26 imóveis, decorreu na terça-feira na Estação de Vale do Peso, em Crato.
Os concursos destas primeiras seis estações incluem, além dos edifícios de passageiros, também cais cobertos, armazéns, habitações e terrenos adjacentes.
Na cerimónia, a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, explicou aos jornalistas que o programa Revive Natureza tem decorrido de forma positiva, dando “alento” para esta nova fase dedicada à ferrovia.
“A procura dos ativos lançados numa primeira fase do REVIVE Natureza, no que toca a casas de guardas fiscais e postos florestais, foi imensa”, destacou.
Segundo a governante, foram recebidas “mais de 320 propostas”, o que leva a acreditar que, “no que toca à ferrovia”, haverá “o mesmo apetite por parte dos operadores económicos”.
Rita Marques considerou que este setor de mercado, ligado ao turismo em antigas estações ferroviárias, poderá ser “mais um atrativo” e “um ativo” para juntar a outras áreas como as praias fluviais ou o enoturismo.
O turismo ferroviário vai conseguir alavancar “maior fluxos turísticos” nestas regiões e conquistar um “maior número de noites” por partes dos turistas nesses territórios, argumentou.
A secretária de Estado do Turismo disse ainda que, dos concursos lançados no âmbito do Revive Natureza, “18” já estão encerrados, devendo ser criados “96 postos de trabalho” e encaixados “292 mil euros”.
“Este valor não é muito relevante numa perspetiva orçamental do Estado. Trata-se sobretudo das consequências a montante, ou seja, a nível da criação de postos de trabalho e a nível de riqueza nos territórios”, disse.
Recorde-se que esta é a quarta fase de lançamento do Fundo Revive Natureza, antes foram lançados concursos de antigas casas de guardas-florestais e de postos da antiga Guarda Fiscal devolutos.
Fonte do Fundo Revive Natureza explicou à Lusa que, de um total de 43 imóveis desta natureza identificados, já foram lançados concursos para 29 (18 deles fechados).
O Revive Natureza visa a requalificação e valorização de imóveis públicos devolutos, com o objetivo de compatibilizar a conservação, recuperação e salvaguarda dos valores em causa com novas utilizações, que beneficiem as comunidades locais e atraiam novos visitantes e fixem novos residentes.
Este projeto, fruto da celebração de um protocolo entre a Infraestruturas de Portugal (IP) Património e o Fundo Revive Natureza, comporta a atribuição de direitos de subconcessão das estações de caminho-de-ferro com “vista à sua requalificação e reabertura” no contexto de atividades económicas relacionadas com o turismo.
Fotografia de tsf.pt