O sinal de perigo com um sapo na estrada que liga a A6 a Évora não é indiferente a ninguém, e está ali desde julho de 2018.
Já se viram sinais semelhantes com veados ou touros, como escreve a jornalista Céu Neves, na edição de ontem do DN, mas sapos é a primeira vez e, pelos vistos, a única. E nem sequer está ainda regulamentada, tal como outro sinal de trânsito tão exclusivo como o do sapo, um que tem um lince.
E embora um sinal de perigo signifique um alerta para os condutores, que assinala "condições particularmente perigosas", os sapos não parecem representar perigo para ninguém, excepto para si mesmo e se forem a passar a estrada. Por isso este sinal visa sobretudo chamar a atenção para os condutores que se encontram a circular em zona de charcos povoados por anfíbios (entre sapos e salamandras) e que morrem em grande quantidade naquela estrada, atropelados pelos automobilistas.
António Mira, investigador da Universidade de Évora, é o coordenador do projeto de preservação dos anfíbios, o LIFE Natureza e Biodiversidade, que promoveu a instalação dos sinais de trânsito e também a construção de passagens subterrâneas naquela estrada, para passagem dos pequenos bichos.
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