29 Outubro 2020      10:31

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Instalações do Serviço de Urgência de Castro Verde vão ser ampliadas

Conceição Margalha, presidente do conselho de administração da ULSBA

O edifício do Serviço de Urgência Básica do Centro de Saúde de Castro Verde vai ser ampliado, numa parceria entre a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo e a Câmara Municipal.

Em declarações à Lusa, a presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), Conceição Margalha, referiu que as atuais instalações deste Serviço de Urgência Básica (SUB) são insuficientes para dar resposta à população dos concelhos de Castro Verde, Almodôvar, Ourique, Aljustrel e Mértola, num total de cerca de 40 mil pessoas.

“Os espaços físicos são exíguos, sobretudo na zona de triagem, salas de espera, sala de tratamentos, gabinete de enfermagem e gabinete administrativo”, sendo “de extrema importância o seu alargamento”, afirmou Conceição Margalha.

A presidente da ULSBA revelou também que a 21 de outubro se realizou em Castro Verde uma reunião para analisar a possibilidade de se proceder a uma ampliação do atual espaço da SUB de Castro Verde, em que esteve presente juntamente com o presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo, José Robalo, e o presidente do município, António José Brito.

A responsável acrescentou que já está a ser desenvolvido “o Programa Funcional e só posteriormente será efetuado o projeto” de ampliação do edifício do SUB de Castro Verde, que ficará a cargo da câmara municipal.

“Após estes trâmites é que poderá haver uma estimativa de custos da obra”, observou a presidente da ULSBA, acrescentando que, “neste momento, ainda não existe fonte de financiamento, embora estejam a ser desenvolvidos todos os esforços para a obter”.

Para o presidente da Câmara de Castro Verde, a ampliação do edifício do SUB “é muito urgente” e “imperiosa”, dado que, apesar de ter sido projetado para dar resposta a sete mil pessoas, atende hoje um universo de 40 mil utentes.

António José Brito apontou ainda que, “a par disso, este SUB dá resposta às duas maiores minas do país, Neves-Corvo, com dois mil trabalhadores, e Aljustrel, com 500”, além de o seu espaço “não ter condições mínimas para dar respostas competentes”.

O autarca disse ainda que tudo isto se comprova “na sala de espera insuficiente” e “na total falta de privacidade na receção dos doentes”, reforçando que “no caso da triagem médica a situação é totalmente inaceitável”. A estes problemas António José Brito juntou também o facto de o SUB de Castro Verde “não ter sala de pediatria ou de ortotraumatologia”, de a morgue ser “um espaço adaptado e sem condições”, e de a sala de emergência “não ter condições para o suporte avançado de vida”.

O SUB de Castro Verde é o primeiro nível de acolhimento a situações de urgência de cariz médico, permitindo o atendimento das situações urgentes com maior proximidade das populações.

Este serviço conta, desde 2013, com uma ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no sentido de melhorar a assistência pré-hospitalar às vítimas de acidente e doença súbita na região, bem como assegurar um adequado transporte inter-hospitalar aos doentes críticos assistidos no SUB de Castro Verde.

 

Fotografia de comunidadeculturaearte.com