Já não bate. Já está perdido e arrastado. Sujo e derramado. Fragmentado e sem vida.
Eram dois. Na verdade, podiam ser muitos dois. Dois segundos. Duas almas. Duas casas, mas apenas uns olhos que carecem de esperança tentam lutar.
Já foi. Já existiu. Preto manchado de ilusão vermelha, que não consegue exprimir.
Como uma marca de nascença, das que me têm vindo a fazer, permanece e insiste em pintar-me. Com as emoções mais degradantes possíveis. Mais assustadoras e duvidosas.
Ao som do sol a nascer, porque é o único que ficou. Ao barulho dos pássaros. Ao cheiro a setembro. Ao enjoo da ansiedade. À nostalgia.
Ao final do dia, deito a semente fora. Nunca passará de ser uma semente. Não crescerá. Não viverá. Não amará.
Uma semente.
Com o sabor da angústia a gritar por aquilo que resta do meu corpo, encaro vidas começarem cá de cima. E começa tudo de novo. De novo. E de novo.