22 Julho 2019      16:31

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ICNF autoriza caça extraordinária para controlar população de javalis no Alentejo

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) autoriza a caça diária de javalis para efeito de controlo das populações daquela espécie animal, que ameaça de contágio os porcos ibéricos, que são criados ao ar livre, com a peste suína africana, para além dos danos que provocam na agricultura. A caça ao javali, que até agora só abria 10 dias por mês, passa a ser permitida todos os dias, até 30 de setembro.

O aumento do número de javalis no Alentejo e a possível propagação peste suína africana está a preocupar os produtores de porco alentejano, uma vez que os javalis podem mesmo ser o maior foco de propagação desta doença que não é transmissível ao ser humano. Apesar de não causar problemas de saúde ao ser humano, mata os suínos e, se se propagar, pode vir a criar sérias dificuldades ao setor. Sendo o Alentejo uma das áreas com maior número de produção de porcos – cerca de 35 mil.

Aos riscos decorrentes da gripe suína, pode juntar-se ainda o prejuízo da não venda de animais para a China, país afetado por esta doença, e que o levou a celebrar contratos de importação de porco português no valor de 100 milhões de euros, no ano de 2019; um valor que pode vir a duplicar, chegando aos 200 milhões de euros, isto caso a gripe não afete os porcos nacionais.

Também podem estar em risco as exportações para Espanha, também comprador de grande percentagem dos porcos alentejanos.

O regime de caça ao javali abrange todo o território nacional mas carece de pedidos das zonas de caça.