27 Janeiro 2016      13:58

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HOJE CHORA-SE O HOLOCAUSTO DA ALEMANHA NAZI

O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto tem o seu lugar a 27 janeiro.

Este dia não celebra um dos momentos mais hediondos da história da Humanidade, procura sim relembrar os milhões de vítimas provocadas pelo genocídio da Alemanha nazi sobre os judeus, ciganos, homossexuais, entre outros, e que ocorreu durante a II Guerra Mundial.

O dia 27 de janeiro de 1945 foi o dia em que o principal campo de concentração nazi, Auschwitz (a sul da Polónia) foi libertado pelas tropas da União Soviética.

A celebração deste dia foi criada na Assembleia Geral das Nações Unidas, pela Resolução 60/7, de 1 de dezembro de 2005.

O Holocausto – de origem grega e provém de holos (todo) e kaustro (queimado) – foi um extermínio dos judeus, ciganos, homossexuais, entre outros como Testemunhas de Jeová e comunistas, levado a cabo pela Alemanha de Hitler enquanto durou a Segunda Guerra Mundial, de 1939 a 1945; mas antes, em 1933, quando o regime nazi se instalou na Alemanha, foram logo criadas medidas antissemitas, como por exemplo, o afastamento dos judeus de toda a vida económica.

Com a ocupação da parte ocidental da Polónia pelos alemães, a Alemanha fez reféns mais 2 milhões de judeus, aos quais aplicou restrições ainda mais rígidas do que as dos seus congéneres alemães; encerrou-os em ghettos, bairros limitados por arame farpado, chefiados por um conselho responsável pelo alojamento, condições sanitárias e atividades produtivas e a alimentação era escassa e pouco calórica. O alojamento era pouco para o número de pessoas dos guetos e as doenças – como o tifo – propagavam-se.

A liderar a ideologia deste extermínio esteve essencialmente um nome, além do óbvio Hitler, o coronel Adolf Eichmann, um dos mais importantes dirigentes das SS, e que aquando do seu julgamento em Israel declarou que só lamentava o facto ter conseguido eliminar apenas seis milhões de judeus e não os doze milhões que tinha previsto.

Já de pois de obrigados a andarem identificados com estrelas amarelas nos braços, começou a deportação de judeus para os campos de concentração, os campos da morte, como Dachau ou Auschwitz.

Só em Aushwitz – onde os judeus eram recebidos com a frase “Arbeit macht frei“ (o trabalho liberta) - mais de um milhão de judeus morreu nas câmaras de gás.

Foi também em Aushwitz que o Dr. Joseph Mengele (o Anjo da Morte de Auschwitz) realizou experiências médicas macabras e degradantes.

Muitos judeus conseguiram fugir a tempo e Portugal foi um país de passagem para muitos deles que encontraram refúgio do outro lado do Atlântico.

O cônsul português em França, Aristides de Sousa Mendes, salvou milhares de pessoas, tal como o empresário alemão Oskar Schindler.

Estima-se que, às mãos dos nazis, mais de 5 milhões de judeus, 3 milhões dos quais em campos de extermínio, 1,4 milhões em operações de fuzilamento e mais de 600 000 nos ghettos, tenham perdido a vida.

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